Witzel foi ouvido no TEM
Witzel foi ouvido no TEMLuciano Belford / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou, nesta segunda-feira, o pedido de suspensão do processo de impeachment do governador afastado Wilson Witzel (PSC). A defesa de Witzel argumentou que faltavam peças no processo que julga a destituição do político. Os advogados pediram ao STF que o processo de impeachment recomeçasse com o acréscimo de provas. Com o pedido negado, o julgamento final do governador afastado deve acontecer até o fim deste mês. 
Na decisão, Moraes afirma o pedido é improcedente já que a defesa do governador afastado esperou que todos os trâmites processuais se completassem para tentar anular o processo. "(...) o objeto da acusação encontra-se devidamente delimitado, sobre o qual o Reclamante teve a oportunidade de se manifestar inúmeras vezes, exercendo, portanto, o contraditório e a ampla defesa, não havendo falar em qualquer prejuízo", analisou o ministro do STF.
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Wilson Witzel está afastado do cargo de governador por suspeita de fazer parte de um esquema de corrupção na contratação da OS Iabas para a construção de hospitais de campanha contra a covid-19. Além deste motivo, o governador afastado está sendo acusado de cometer crime de responsabilidade.  
Na última quinta-feira, os denunciantes do processo, os deputados Luiz Paulo (Cidadania) e Lucinha (PSDB) entregaram as alegações finais. Os parlamentares pedem a condenação de Witzel por crime de responsabilidade. Luiz Paulo falou sobre os fundamentos que levaram a acusação a concluir pelo crime de responsabilidade.
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"Neste processo há dois casos mais emblemáticos: o da Unir Saúde e do Instituto Iabas. A Unir foi requalificada pelo governador em um ato de ofício, contrariando os pareceres de duas secretarias.
No caso Iabas, foram os gestores que ele nomeou que contrataram a organização social para construir sete hospitais de campanha, por cerca de R$ 850 milhões. Dessas sete unidades, apenas a do Maracanã funcionou de forma efetiva, e mesmo assim precariamente”, destacou o parlamentar.