Relator do processo de impeachment de Witzel vota pela condenação do governador
Nas redes sociais, Witzel disse que o voto do relator foi irresponsável. A sessão foi suspensa por uma hora para o almoço
Rio - Após pouco mais de duas horas de voto, o relator do processo de impeachment de Wilson Witzel, Waldeck Carneiro (PT), votou pela condenação por crime de responsabilidade e pela perda dos direitos políticos por 5 anos. A sessão foi suspensa por uma hora para almoço. O julgamento teve início às 9h30, sem a presença de Witzel, que assiste ao julgamento de casa.
Através das redes sociais, Witzel comentou sobre o voto de Waldeck. "Irresponsável o voto do Relator, num julgamento rancoroso e político de oposição da pior espécie, sem respaldo na realidade, concluiu pela minha omissão objetiva no controle da pandemia. Surreal, porque fui o primeiro a tomar as medidas restritivas", escreveu.
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Em uma outra postagem, o governador escreveu: "A vontade de consumar o golpe é tão grande, que o relator não teve o cuidado de fazer um voto em correlação com a denúncia. Não fui denunciado por omissão. Não conseguiu demonstrar que recebi qualquer vantagem indevida. Pura demagogia. Uma verdadeira aberração jurídica!"
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A sessão que julga o impeachment de Wilson Witzel, marcada para às 9h, começou com atraso de 30 minutos e sem a presença do governador afastado. A leitura do relatório do deputado Waldeck Carneiro (PT) foi dispensada. No segundo momento, acusação e defesa fazem suas manifestações, e então os dez membros do Tribunal Especial Misto, formado por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais, fazem seus votos. São eles quem votarão o impeachment de Witzel e a inelegibilidade por até cinco anos.
Witzel será destituído se receber pelo menos sete dos dez votos. Todos os desembargadores e parlamentares votarão ao longo do dia. No Twitter, o ex-juiz se manifestou sobre o julgamento.
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Além do mandato, os membros do Tribunal votarão também a inelegibilidade do governador afastado. O período pode ir até cinco anos. A votação pode findar a ainda curta carreira política de Witzel, eleito pela primeira vez para um cargo público, o de governador, em 2018. Em entrevistas recentes, o ex-juiz reafirmou o desejo de ser presidente da República.