Ação da Força-tarefa da Polícia Civil visa braço financeiro da milícia da Zona Oeste e Baixada Fluminense
Ação da Força-tarefa da Polícia Civil visa braço financeiro da milícia da Zona Oeste e Baixada FluminenseDivulgação
Por O Dia
Rio - A Força-Tarefa da Polícia Civil, criada para desestabilizar os principais braços financeiros da milícia, realizou nesta terça-feira uma megaoperação para prender milicianos e sufocar as fontes de renda nos grupos paramilitares atuantes em bairros da Zona Oeste da capital e na Baixada Fluminense. Na ação, 19 pessoas foram presas e levadas para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho. 
Entra as ações desta terça, uma equipe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) conseguiu interditar uma obra ilegal na Muzema. Um homem que se apresentou como responsável pela construção foi preso em flagrante.
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Agentes da Divisão de Capturas da Polinter efetuaram a prisão de um homem apontado como matador da milícia. Ele era foragido da Justiça do Rio e tinha dois mandados de prisão em aberto. 
Também foi preso, pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), um suspeito ligado à narcomilícia, uma junção da milícia com o tráfico de drogas. 
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Os agentes fecharam farmácias ilegais, comércio de produtos piratas, construções irregulares e até mesmo uma fabrica de cerveja falsificada. 
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A milícia atuante na Zona Oeste é comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, um dos criminosos mais procurados do Rio. O Disque denúncia oferece recompensa para que der informações concretas que levam à sua prisão. 
Na Baixada, é Danilo Dias Lima, o Tandera, de 36 anos, quem comanda as principais milícia. Apesar da distância e alguns desentendimentos, ele segue sendo apontado como homem de confiança de Ecko. 
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A operação é uma das maiores desde a criação da Força-Tarefa e conta com agentes de várias delegacias especializadas. 
Entre os crimes investigados estão exploração de atividades ilegais controladas pela milícia; cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia; instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (gatonet/gatointernet); armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água; empresas de GNV ilegais; parcelamento irregular de solo urbano; exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais; comercialização de produtos falsificados; contrabando; descaminho; transporte alternativo irregular; estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.