Ele tem 32 anos e mora em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Ele desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no sábado (22), e fez um exame RT-PCR realizado no laboratório do próprio espaço. Em seguida, ele foi liberado antes mesmo do resultado da análise sair, viajando de São Paulo para o Rio de Janeiro. Ele se hospedou em um hotel ao lado do Aeroporto Santos Dumont e, no domingo (23), viajou de carro até Campos.
Campos confirma variante indiana e diz que outras duas pessoas são monitoradas
O município de Campos dos Goytacazes emitiu uma nota confirmando que o morador de Campos é um homem de 32 anos e testou positivo para a variante indiana. Em nota, a prefeitura disse que ele está sendo monitorado na capital do Rio pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/RJ), local que foi encaminhado na segunda (24) a pedido da empresa.
A Secretaria Municipal de Saúde de Campos informou que outros dois trabalhadores que tiveram contato com o homem de 32 e estão na cidade testaram negativo para a covid-19, mas continuam em isolamento domiciliar. Eles estão sendo monitorados pelas equipes de vigilância de Campos.
A variante indiana tem sido uma grande preocupação internacional. Ela foi identificada entre outubro e dezembro pela primeira vez e ganhou maior atenção após os casos de contaminação terem sido agravados na Índia.
Existem poucas informações a respeito da nova variante, mas o que se sabe é que ela detém um alto poder de transmissibilidade. Ainda não há informações se os níveis de dano e mortalidade do vírus são maiores. O infectologista Alberto Chebabo mencionou que isso é uma questão preocupante ao país e mencionou que a mutação da B.1.617.2 tem características já conhecidas de outras variantes locais, como a maior transmissão.
"Ela é uma variante descrita recentemente e o que sabemos é que ela tem uma mutação já descrita em outras variantes. Um dos seus riscos é ter o potencial de transmissão maior, mas não sabemos se ela teria uma capacidade de evasão de anticorpos ou redução de eficácia de vacinas, pois os estudos sobre isso ainda não foram finalizados. O que sabemos é que ela tem uma capacidade transmissiva maior. Só isso já preocupa pela questão da possibilidade de aumentar a ocorrência de casos no país, ainda mais agora que estamos vacinando um número maior de pessoas", concluiu.