Prefeitura do Rio começa trabalho de demolição de terraço em Rio das PedrasReginaldo Pimenta/Agência O DIA

Por Yuri Eiras
Rio - Agentes da Secretaria Municipal de Conservação e da Defesa Civil realizam, desde a manhã desta segunda-feira (7), a demolição do terraço de uma casa em Rio das Pedras. O imóvel de três andares era vizinho da construção que caiu na quinta-feira passada, matando dois moradores - Nathan Souza Gomes, 30, e a filha Maitê, de 2 anos.
Três casas foram interditadas no total. As 85 pessoas das 29 famílias desalojadas decidiram se mudar para casas de amigos e parentes, segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social. Por enquanto, não há previsão de demolir outras construções da rua. A secretária municipal de Conservação, Anna Laura Valente Secco, afirmou que a pasta, em parceria com a Defesa Civil, tem avaliado caso a caso. 
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"Desde o ocorrido, a Defesa Civil vem fazendo um trabalho de vistoria dos prédios. Ontem (domingo), a Defesa viu necessidade de tirar o terraço desde prédio, que era grudado no outro. Estamos fazendo a retirada dessa estrutura manualmente", informou a secretária. "A Conservação não vai aturar essas construções ilegais. Recebemos diariamente uma quantidade enorme de denúncias", completou.
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Marcelo Batista, 49, vizinho de frente da casa que caiu, ainda não esqueceu o estrondo naquela madrugada de quinta. Ele é dono de um comércio no térreo do prédio onde mora, assim como boa parte dos moradores da Rua das Uvas, inclusive Nathan, vítima do acidente - ele tinha uma lan house.
"Eu estava na loja, ouvi o barulho e achamos que era transformador. Mas aí veio poeira, muita poeira. Foi a hora de procurar a sandália e ajudar todo mundo a sair. Nesse momento, (a casa) já estava pegando fogo, que se alastrou a partir do cilindro de gás de um carro", contou Marcelo, amigo de Genivan, construtor da casa e pai de Nathan.
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"Ele tinha acabado de separar da esposa e saiu de Rio das Pedras, mas deixou a casa para a família. Você nunca vai pensar que vai cair. A casa era bem feita, bonita", afirmou.A casa onde mora Marcelo, apesar de ainda tomada pela poeira, está inteira. Mas o comerciante, com medo, pretende se mudar com a esposa para a Muzema.