Matheus dos Santos da Silva foi levado preso para a 76ª DP depois de esfaquear Vitórya Melissa Mota em um shopping de NiteróiDivulgação

Por O Dia
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que a prisão de Matheus dos Santos Silva, de 21 anos, passe de prisão em flagrante para preventiva. O jovem é acusado de ter matado uma colega do mesmo curso técnico a facadas na última quarta-feira, 4, em um shopping de Niterói. A decisão foi da juíza Rachel Assad da Cunha.
"A gravidade da conduta é extremamente acentuada, já que o custodiado tirou a vida da própria amiga por quem, segundo informações dos autos, nutria sentimentos não correspondidos", dizia um trecho do documento. 
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Anteriormente, a defesa de Matheus havia pedido pela sua liberdade, alegando que ele corria risco de contrair a covid-19 por estar preso.
"A concessão da liberdade provisória com fundamento exclusivo na pandemia da covid-19 não possui justificativa razoável, em especial porque as notícias de contaminação da população carcerária são pontuais, já que se trata de população absolutamente isolada", disse a juíza.
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O caso
Uma mulher, identificada como Vitórya Melissa Mota, de 22 anos, morreu na última quarta-feira após ser esfaqueada por um homem, identificado como Matheus dos Santos da Silva, na praça de alimentação do Plaza Shopping, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. De acordo com as primeiras informações, a vítima chegou a ser socorrida ao Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal). O DIA entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), que informou que a mulher já chegou à unidade de saúde sem vida. 
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Vitórya havia completado 22 anos no último dia 30. Segundo o delegado da 76ª DP (Niterói) Luiz Henrique Marques, que acompanha o caso, o criminoso seria um colega da vítima. Ambos teriam se conhecido em um curso técnico de Enfermagem. Ainda de acordo com Luiz, Matheus teria comprado a faca em uma loja do shopping minutos antes de cometer o crime. Além disso, os dois tinham o costume de se encontrar no estabelecimento no final das aulas. De acordo com relatos de amigos de Vitórya, o assassino "nutria um amor não correspondido" pela vítima.
Depois do crime, o assassino foi detido por seguranças do estabelecimento e encaminhado a 76ª DP (Niterói), onde responderá pelo crime de feminicídio.