FPJ viabilizou 43 mudas de árvores para serem plantadas pelos familiares das vítimasDivulgação/Prefeitura do Rio

Por O Dia
Rio - Os Bosques da Memória do Rio, em homenagem às vítimas da covid-19 e aos profissionais de saúde, serão inaugurados neste fim de semana com plantios simbólicos na Alameda Sandra Alvim, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da cidade. O projeto é apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Fundação Parques e Jardins (FPJ). A inauguração será realizada em duas cerimônias, no sábado (12) e no domingo (13), das 10h às 11h30, para evitar aglomerações.
As solenidades terão celebrações ecumênicas e a presença do projeto sinfônico A Quarta Corda. A FPJ viabilizou 43 mudas de árvores para serem plantadas pelos familiares das vítimas em uma área verde de 600 metros quadrados. Cada família escolheu uma espécie para plantar e as árvores serão identificadas com o nome da pessoa falecida, representando as mais de 25 mil vidas perdidas no município do Rio e os mais de 45 mil profissionais de saúde da cidade.
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Mudas de ipê amarelo, guriri, pau-brasil, pitanga, grumixama, graviola, caju, acerola, aroeira e amora foram doadas por parentes e amigos das vítimas, respeitando o bioma local da Alameda, a vegetação nativa de restinga. De acordo com a arquiteta Isabelle de Loys, adotante da Alameda Sandra Alvim, serão três bosques no total, organizados por espécies, sendo elas ipês, frutas e pau-brasil.
"A ideia é fazer com que os Bosques da Memória sejam espaços acolhedores para que se possa homenagear aqueles que se foram e todos aqueles que trabalharam bravamente. Plantar uma árvore é também uma forma de renascer", declarou a arquiteta.
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Para a realização dos plantios, a Fundação preparou os berços que irão receber as novas mudas, além de fornecer equipamentos, hidrogel e terra adubada. As entidades Rede de ONG´s da Mata Atlântica (RMA), Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) e Pacto pela Restauração da Mata Atlântica se uniram e idealizaram um projeto de alento e solidariedade às famílias enlutadas, criando os Bosques da Memória.
Os plantios são apoiados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em alinhamento com as ações da Década da ONU da Restauração de Ecossistemas 2021-2030. A medida é um esforço da ONU, com aprovação dos países-membros, para criar um movimento global de recuperação, reverter a perda de espécies e ajudar no cumprimento de metas de redução de emissões de carbono.