Vacinação no Museu da República. Na foto, o Secretário de Educação do Município, Renan Ferreirinha.Estefan Radovicz / Agencia O Dia

Por Jorge Costa*
Rio - A vacinação dos trabalhadores da rede superior e profissionalizante de ensino está sendo realizada nesta quarta-feira (16), completando o ciclo de imunização de todo o segmento. O secretário municipal da Educação, Renan Ferreirinha, esteve durante a manhã no Museu da República junto ao secretário da Saúde, Daniel Soranz, e acompanhou a entrega da primeira dose aos profissionais. Durante a aplicação dos imunizantes, ele falou a respeito da ampliação de horários do ensino presencial.
“Nós estamos trabalhando desde o final de fevereiro pelo novo protocolo sanitário, com todo o cuidado tendo o nosso comitê científico nos ajudando. É com muita segurança e responsabilidade que damos esse passo em prol da educação dos estudantes. A partir da próxima segunda, estamos ampliando o nosso tempo de permanência dos estudantes em aulas presenciais. As unidades parciais vão se estender de três para quatro horas diárias, e os estudantes de turno único, serão seis horas diárias”, explicou Ferreirinha.
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O professor da Escola de Música do Instituto Villa Lobos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Bryan Holmes, esteve presente para se vacinar e disse que o processo foi rápido, mas ele afirmou que as aulas remotas no ensino superior precisam ser mantidas.
“A vacina foi rápida, todos os profissionais de 42 anos para baixo foram vacinados. Fora do posto houve formação de filas, mas dentro da unidade havia cadeiras organizadas e a imunização foi controlada. Mas eu acredito que, apesar da imunização, ainda não estamos amadurecidos para retornar ao ensino presencial. Precisamos manter o distanciamento social e não podemos vacilar”, afirmou.
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O professor de Matemática Aplicada da Uerj, Américo Cunha, também compareceu para se vacinar e disse que vai manter os cuidados, mas que se sente aliviado.
“A vacinação hoje foi muito rápida e organizada. É um pouco de alívio, pois agora eu tenho uma nova camada de proteção, mas pretendo manter os cuidados, pois ainda não é o momento para relaxar com as medidas de proteção”, disse.
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Questionado a respeito da ampliação do horário de aula adotado nesta quarta (16) e sobre o retorno ao ensino presencial, ele disse que é uma situação difícil, pois é necessário garantir a segurança sem prejudicar a educação dos jovens.
“Eu não dou aula no ensino básico, portanto essa medida não me afeta, mas entendo que precisamos buscar um caminho para voltar ao normal com segurança o mais rápido possível. O custo educacional que a pandemia trouxe é muito grande e já estamos sentindo os danos, mas no futuro isso pode ser ainda pior”, explicou.
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Para a secretária de Assuntos Educacionais do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio e vice-presidente da CUT-RJ, Duda Quiroga, a prefeitura está aproveitando o momento de discussão interna do sindicato sobre a possibilidade de encerrar a greve para relaxar as medidas de proteção que já não eram suficientes.

"Uma vez que os protocolos antigos já não garantiam a segurança total, afrouxa-los tampouco garante. A prefeitura está aproveitando este momento para romper com os próprios protocolos de segurança criados pela própria secretaria que já não eram eficazes. Também temos o problema das distribuições de máscaras, pois se aumentar o número de horas de permanência das aulas, é necessário uma preocupação maior com o material de proteção”, afirmou.
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Nesta quarta (16), pessoas com deficiência permanente e comorbidades também podem se vacinar, sendo necessário apresentar laudo médico da condição de saúde. Os professores do ensino superior e profissionalizante devem levar o contracheque ou declaração escolar que comprove o vínculo empregatício com a instituição de educação para receber a primeira dose.
Na última quarta-feira (9), cerca de 60 mil profissionais da educação da rede básica de ensino foram vacinados contra a covid-19. O secretário municipal da Saúde, Daniel Soranz, afirmou que a campanha avança na cidade e que nesta semana será completado a imunização de toda a população com 50 anos ou mais. Ele também falou a respeito da disponibilidade de doses da CoronaVac para gestantes e puérperas com comorbidades.
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“A CoronaVac está reservada para a segunda dose, mas estamos recebendo uma nova remessa esta semana para iniciar novamente a vacinação com a primeira dose. Daremos preferência para que gestantes e puérperas recebam a primeira aplicação. Quem ainda precisar receber a sua segunda vacina deve comparecer ao posto para se vacinar”, disse.
Estagiário sob supervisão de Beatriz Perez