Operação da Polícia Civil mira traficantes do conjunto de favelas do Complexo da Mangueirinha, em Duque de CaxiasReginaldo Pimenta / Agência O DIA

Por Anderson Justino
Rio - Escutas telefônicas interceptadas pela Polícia Civil, autorizadas pela Justiça do Rio, provam a crueldade do bando liderado pelo traficante Jonatha Hyrval Cassiano da Silva, conhecido como Bochecha Rosa, principal alvo da 'Operação Anura', realizada nesta sexta-feira no conjunto de favelas do Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em uma gravação, a conversa entre um traficante identificado apenas como Gabriel e uma mulher que seria sua mãe, revela a ordem do líder do tráfico para execução de duas pessoas.
Traficante: Pode falar pra ela que tem dois no inferno, que eu levei.
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Mulher: Que tu matou filho? Mas porque você matou, ordem do Bochecha? 
Traficante: Corta, joga no buraco e taca fogo.
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Mulher: Meu Deus, Gabriel. Tu tem duas mortes nas costas? 
Traficante: Dois já foi pro inferno. 
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Mulher: Mas você teve que fazer?
Traficante: Tive
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Mulher: Porque o Bochecha mandou?
Traficante: Aham.
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De acordo com a Polícia Civil, o bando liderado por Bochecha se especializou em explosões de caixas eletrônicos. Além de tráfico de drogas, o grupo está associados a outros crimes, como homicídios, latrocínios, roubos. 
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O Complexo da Mangueirinha é considerado uma região perigosa. Diariamente homens fortemente armados são flagrados por moradores circulando na região, com veículos roubados e ostentando dinheiro roubado. 
Até a última atualização da matéria, a polícia havia prendido sete pessoas. Drogas e armas foram apreendidas. Não há informações de feridos. 
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A operação é da Delegacia de Roubos e Furtos e conta com o apoio de outras especializadas. Mais de cem agentes da Polícia Civil vasculham a comunidade.