Leonardo Lima e Priscilla de Oliveira teriam planejado o crime de assassinato do empresário Carlos Eduardo Monttechiari, após a vítima suspeitar de fraudes nas contas do condomínioReprodução / TV Globo
Preso por assassinato diz que síndica da Barra foi ajudada por amiga para tramar morte de morador
Leonardo Lima apontou, em nova versão, o nome da colega que ajudou a síndica como a pessoa que teria arrumado a arma do crime
Rio - Leonardo Lima, investigado pelo assassinato do empresário Carlos Eduardo Monttechiari, que era morador do condomínio London Green Park, na Barra da Tijuca, apresentou uma nova versão dos fatos durante a audiência de instrução e julgamento na segunda-feira (28). Ele já havia confessado o crime, que teria sido realizado sob coação, e confirmou a acusação contra a síndica e pessoa apontada como sua ex-amante, Priscilla de Oliveira, de ser a mandante do ato. Entretanto, agora também apontou uma terceira envolvida no esquema, segundo ele, uma amiga da síndica que foi responsável por arrumar a arma do crime.
Leonardo foi apontado pela investigação da 27° DP como autor dos disparos que matou o empresário. Segundo sua defesa, ele relatou que vivia ouvindo Priscilla reclamar de Carlos, e que estava preocupada com a assembleia que ele queria convocar e que “precisava dar um jeito”.
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O empresário e vítima era opositor da síndica do prédio. Segundo a investigação, Carlos descobriu, verificando notas fiscais falsas ou fantasmas, um desvio de mais de R$ 800 mil do orçamento do condomínio.
Segundo os advogados de Leonardo, “uma grande” amiga de Priscilla perguntava para ele “se não ia dar um jeito”. Essa pessoa que antes foi ouvida apenas como testemunha teria arrumado e sumido com a arma do crime. As informações são do G1.
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Amiga acusada em nova narrativa depôs na audiência
A amiga da síndica chegou a depor na audiência de instrução e julgamento de segunda-feira para a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, mas não apresentou nenhum dado relevante sobre o caso. Ela não foi confrontada sobre a possível participação pois a fala de Leonardo foi posterior à dela.
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A amiga da síndica, inclusive, chegou a depor na audiência de instrução e julgamento da segunda-feira, mas sem apresentar nenhum dado relevante para o caso. Como a fala de Leonardo foi posterior à dela, a mulher não foi confrontada sobre a possível participação no crime.
Defesa de síndica estranha nova versão
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Se não houver alteração na denúncia, ela segue para a apresentação das alegações finais para a juíza do caso decidir se Leonardo e Priscilla vão a júri popular ou não.
A defesa de Priscilla Oliveira viu com estranheza a mudança do depoimento de Leonardo e disse que vai contestar o relato dele. Para o advogado, a síndica é inocente, não tem envolvimento com o crime e não há fraude constatada na sua gestão do condomínio.
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Relembre o caso
Leonardo Lima era supervisor do condomínio e apontado como amante de Priscilla. Os dois teriam tramado a morte do empresário Carlos Eduardo Monttechiari. Isso teria ocorrido depois que o morador acusou a síndica de desviar dinheiro do condomínio.
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A vítima já tinha sido síndico e era opositor a Priscilla. Ele queria realizar uma assembleia com os moradores, mas quatro dias antes da reunião ele foi baleado enquanto estava dentro do carro, na frente do terreno que alugava, no bairro Vila Kosmos, na Zona Norte do Rio. Carlos foi atingido no tórax e no abdômen, chegando a ser hospitalizado, mas morreu no dia seguinte.
O homem acusado de abordar e atirar em Carlos é Leonardo. Uma câmera de segurança registrou o crime, ocorrido na manhã do dia 1 de fevereiro. A princípio, a polícia tratou como latrocínio (roubo seguido de morte), mas a 27° DP concluiu que a vítima tinha marcado para 5 de fevereiro uma assembleia a fim de apresentar um dossiê com provas contra a gestora.
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Uma câmera de segurança registrou o crime, ocorrido na manhã do dia 1º de fevereiro. A princípio, a polícia tratava o caso como um latrocínio – roubo seguido de morte. (veja acima).
Mas a 27ª DP (Vicente de Carvalho) concluiu que o Carlos Eduardo, que já tinha sido síndico do condomínio e era opositor de Priscilla, tinha marcado para 5 de fevereiro uma assembleia a fim de apresentar um dossiê com provas contra a gestora.
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Nas imagens do crime, os investigadores perceberam que o carro de onde o assassino desceu tinha um amassado na lataria. Após rastreá-lo, descobriram que o automóvel estava no nome da mulher de Leonardo.
Testemunhas disseram que Leonardo tentou modificar o veículo: colocou rodas novas e tirou adesivos. Mas o amassado na lateral permanecia.
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Ao receber voz de prisão, Leonardo tentou fugir, mas acabou capturado. Ele estava com o mesmo carro usado no dia do crime. Os dois acusados não tinham antecedentes criminais. A Polícia Civil ainda investiga quem é o motorista que ajudou o assassino a fugir.
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