Cadela Malu, morta por policial civilDivulgação

Rio - O policial civil da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Ney Cortes da Silva, foi afastado das funções por estar sendo investigado pela morte de um cachorro. Ao delegado da 18ª DP (Praça da Bandeira), o presidente da Comissão de Direito dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Reynaldo Velloso, pediu a cassação do porte de arma do agente. 
"A sociedade não suporta mais esse tipo de situação com esses animais . Esperamos as devidas providências do caso. É sempre importante frisar a preservação do que temos que fazer da instituição Polícia Civil e da Polícia Militar. Eles são o único elo entre a sociedade e a criminalidade. Foi um individuo, um agente, que procedeu de forma incorreta e que tem que arcar com os rigores da lei. Eu já estou determinando uma comissão de colegas criminalistas que vão acompanhar o caso, não só na delegacia de polícia, mas também junto ao Ministério Público, que vai ser o titular da ação penal", comentou Velloso.
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Em nota, a Polícia Civil afirmou que a Corregedoria investiga o caso. "O agente já está afastado de suas funções e o caso está sendo apurado com todo rigor pela corporação, que não compactua com qualquer tipo de violência e maus-tratos com animais", afirmou.
Na tarde de segunda-feira, o agente atirou e matou o cachorro de uma artista de circo na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio. O DIA apurou que o policial alegou que o disparo que matou o animal foi acidental. O agente ainda disse que tentou agredir Malu, filhote de pequeno porte, pois ela queria atacá-lo.
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Em depoimento, o policial civil contou que três animais que estavam com um grupo de pessoas "avançaram contra ele e que sacou sua arma para tentar se defender". Ney relatou ainda que conseguiu bater em um evitando a suposta mordida e, quando foi fazer a mesma coisa com o outro animal, sua arma disparou acidentalmente. No entanto, a declaração diverge com a das testemunhas do caso.