A blogueira Anna Carolina de Sousa Santos e mais quatro amigas foram presas em flagrante por estelionato e organização criminosapolícia civil / reprodução

Rio - A juíza Alessandra de Araújo Bilac Moreira Pinto pediu que a Justiça do Rio trate com urgência a definição de responsabilidade judicial do caso da blogueira Anna Carolina de Sousa Santos e das comparsas que aplicavam golpes de cartão de crédito. "Dê-se baixa e encaminhem-se com urgência em razão de se tratar de processo envolvendo rés presas", escreveu na solicitação.
O pedido veio após o promotor da 40ª Vara Criminal do Rio, Rodrigo Hermanson, solicitar que o caso fosse encaminhado para a 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital. No pedido, o promotor alegou que um dos crimes praticados por Anna Carolina de Sousa, 32, Yasmin Navarro, 25, Mariana Serrano de Oliveira, 27, Rayane Silva Sousa, 28, e Gabriela Silva Vieira, 20, só poderia ser analisado pela Vara Criminal citada. 
Publicidade
Após o pedido, a juíza Alessandra acatou, mas ressaltou que se a 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital não se achar competente para analisar o caso, o pedido deverá ser encaminhado para a comarca de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
Defesa nega envolvimento de duas jovens
Publicidade
A defesa negou envolvimento de Mariana Serrano de Oliveira e Gabriela Silva Vieira com a quadrilha. De acordo com o advogado Norley Thomas Lauand, que representa as duas, as jovens são universitárias, moram em São Paulo e estavam hospedadas no apartamento, que pertencem a Yasmin Navarro.
Relembre o caso
Publicidade
A blogueira Anna Carolina de Sousa Santos, levava vida boa até o último dia 7 de julho, quando policiais da 40ª DP (Honório Gurgel) a prenderam junto a mais quatro amigas em flagrante por estelionato e organização criminosa. Elas foram presas em um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, onde funcionava uma "central de telemarketing", que servia para aplicar golpes em suas vítimas.
Segundo investigações, as criminosas entravam em contato fingindo ser da administradora do cartão de crédito, e conseguiam dados bancários de vítimas. O golpe consistia em dizer que uma fraude havia sido detectada nas compras feitas no cartão, e a vítima deveria passar alguns dados para resolver o problema. Elas ainda mandavam um suposto motoboy até a casa da pessoa a ser lesada para recolher o cartão.
Publicidade
Com todos os dados e o cartão das vítimas em mãos, elas faziam compras, saques em contas bancárias e até empréstimos. As cinco presas foram levadas para a 40ª DP, assim como laptops, celulares, anotações e máquinas de cartão de crédito para a análise da investigação.