Jorge Valnei foi preso pela 61ª DP Divulgação
Justiça decreta prisão preventiva de homem suspeito de manter jovens atletas em cárcere privado
Magistrado atendeu o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), sob o argumento de que o homem poderia fugir e voltar a agir
Rio - O juiz Alex Quaresma Ravache determinou a prisão preventiva de Jorge Valnei dos Santos, acusado de manter 17 jovens em cárcere privado, sendo seis adolescentes, em um sítio em Xerém, no município de Duque de Caxias. O magistrado atendeu o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), sob o argumento de que o homem poderia fugir e voltar a agir.
Jorge foi preso em flagrante, após uma denúncia anônima de que ele prometia às vítimas e aos seus familiares que os jovens e adolescentes teriam oportunidades em grande clubes de futebol. O magistrado também citou as condições do local em que os rapazes ficavam, um sítio com dois alojamentos, beliches, com fogão e botijão de gás próximo, o que colocava em perigo a vida dos internos, com possível risco de incêndio. Além disso, o local não possuía autorização do Corpo de Bombeiros para funcionar. O esquema foi desarticulado por agentes da 61ª DP (Xerém).
Publicidade
Nos depoimentos, as vítimas contaram que Jorge recebia R$400 por mês de cada jovem pela hospedagem no local e pela alimentação e só podiam deixar o sítio a cada 15 dias para sacar o dinheiro. O alojamento era trancado por volta de 23h e Jorge ficava com as chaves. Os agentes da lei verificaram, também, que os celulares das vítimas eram guardados juntos. Agentes também verificaram que os celulares das vítimas também eram guardados para que eles não tivessem contato com os pais e responsáveis.
Esta não foi a primeira vez que ele foi preso pelo mesmo crime. Em dezembro de 2020, policiais encontraram 13 jovens mantidos em cárcere privado no sítio. Eles eram trancados nos alojamentos, que eram mal iluminados e não tinham proteção contra incêndio. Jorge tirava os documentos dos adolescentes e limitava o contato com os familiares.
Publicidade
O esquema pode ter rendido R$ 100 mil ao criminoso. "Estimamos, por alto, que ele tenha lucrado R$ 100 mil, já que ele pegava esses valores de cada família desde a última prisão, em 2020", disse a delegada responsável pelo caso, Juliana Emerique. Em dezembro de 2020, policiais encontraram 13 jovens mantidos em cárcere privado no sítio sob a responsabilidade de Jorge Valnei. Assim como neste caso, os adolescentes também eram trancados nos alojamentos mal iluminados e não tinham proteção contra incêndio. Jorge tirava os documentos dos adolescentes e limitava o contato com os familiares.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.