Jorge Valnei foi preso pela 61ª DP Divulgação
Aliciador de jovens atletas em Xerém pode ter lucrado R$ 100 mil com esquema
Jovens poderiam ter o mesmo fim trágico ocorrido no incêndio do CT do Flamengo, já que os 17 adolescentes dormiam ao lado de uma cozinha que ficava trancada e sem proteção contra incêndio
Rio - O esquema de aliciamento a 17 jovens atletas de futebol com a promessa de que seriam treinados para entrar em grande clubes de futebol pode ter rendido R$ 100 mil ao criminoso Jorge Valnei dos Santos, além das vítimas terem um fim trágico, semelhante ao incêndio no CT d Flamengo, em 2019. As famílias dos adolescentes, enganados pelo esquema desarticulado na quinta-feira (22), em Xerém, Duque de Caxias, Baixada Fluminense, pela 61ª DP (Xerém), pagavam, por mês, uma taxa de R$ 400 a R$ 500 ao preso.
"Estimamos, por alto, que ele tenha lucrado R$ 100 mil, já que ele pegava esses valores de cada família desde a última prisão, em 2020", disse a delegada responsável pelo caso, Juliana Emerique. Em dezembro de 2020, policiais encontraram 13 jovens mantidos em cárcere privado no sítio sob a responsabilidade de Jorge Valnei. Assim como neste caso, os adolescentes também eram trancados nos alojamentos mal iluminados e não tinham proteção contra incêndio. Jorge tirava os documentos dos adolescentes e limitava o contato com os familiares.
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Segundo a delegada titular da 61ª DP (Xerém), nesta casa, localizada em um sítio, havia uma cozinha ao lado do dormitório que era trancada durante a noite. "Tinha uma cozinha ao lado do alojamento que era trancada durante a noite e os jovens eram submetidos ao cerceamento de liberdade. Podemos lembrar o caso do CT do Flamengo onde teve um incêndio causado por um ar condicionado. O que poderia acontecer com uma cozinha trancada ao lado do alojamento? Não podemos descartar também essa hipótese de perigo nas investigações", disse.
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Os 17 adolescentes serão encaminhados para a 4ª unidade do Conselho Tutelar, em Xerém, Duque de Caxias. Familiares dos jovens já foram comunicados do esquema. O caso segue em investigação na 61ª DP.
*Estagiária sob supervisão de Thiago Antunes
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