Geral - Linhas de onibus que deapareceram na cidade do Rio de Janeiro. Na foto, ponto final da linha 778, Cascadura x Pavuna, virou abrigo de morador de rua, em Cascadura, zona norte do Rio.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Este projeto traria informações estratégicas que iriam auxiliar a SMTR a propor modificações nas linhas para atender à população. Apesar de não ter sido finalizado, a pasta pediu aos consórcios o retorno de linhas que são consideradas prioritárias e informou que houve um aumento de 7% da frota de ônibus em operação nos horários de pico na cidade, comparando os meses de abril e julho.
Enquanto o estudo é finalizado e as mudanças estruturais não são feitas, os passageiros continuam sofrendo com a falta de ônibus circulando na cidade. Um funcionário de uma empresa de ônibus que preferiu não se identificar afirmou que as linhas 773 (sentido Pavuna x Cascadura) e 778 (sentido Cascadura x Pavuna - via Rocha Miranda) não existem mais. Elas pertenciam a empresa Vila Real e a concessionária teria retirado a oferta de veículos na região desde o início da pandemia. O DIA não conseguiu contato com a empresa e o espaço está aberto para manifestação.
“Estou com muita dificuldade para ir até a minha casa, porque eu moro na Vila Valqueire (Zona Oeste do Rio) e tiraram o 782 (Cascadura x Marechal Hermes), por isso, preciso pegar dois ônibus para ir para cá. Faço salgados para vender, carrego peso e tenho paralisia infantil, mas estamos aí, né? É o maior sacrifício e eles não estão nem aí para a gente, tirando as linhas. Estou aqui há 43 anos e queria que essa linha voltasse”, afirmou a passageira Rosa Helena de Paulo, enquanto esperava o ônibus no ponto.
A comerciante e moradora de Cascadura, Denise Araújo, de 65 anos, também comentou sobre o sumiço de outras linhas. “As linhas 709 (Circular sentido Cascadura x Amarelinho) e 689 (Campo Grande x Cascadura) sumiram todas. O pessoal reclama bastante comigo, que sente muita falta. Eles precisam pegar dois ônibus para chegar aqui todos os dias”, disse.
O cobrador de ônibus aposentado, Roberto de Souza, de 63 anos, contou algumas linhas que ele afirmou terem sumido ou diminuído consideravelmente. “As linhas sumidas são a 391 (Padre Miguel x Praça da República); 346 (Gardênia Azul x Praça XV); 653 (Marechal Hermes x Méier), 651 (Méier x Cascadura) e 652 (Méier x Cascadura circular). Eu costumava pegar todas, pois me deslocava do Méier para o Centro da Cidade, e ainda me mudei para Bangu, mas sumiram todas.
Confira na íntegra a nota da Secretaria Municipal de Transportes sobre o estudo
“A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) informa que já definiu as linhas prioritárias, que garantem a conectividade do sistema, e exigiu sua retomada aos consórcios. Por meio do sistema de monitoramento, a SMTR identificou que já houve um aumento de 7% na frota operante nos horários de pico entre o mês de abril e o mês de julho. São aproximadamente mais 185 veículos em operação. Além disso, está em fase de conclusão a revisão da frota determinada de cada consórcio. Assim que este processo de revisão for finalizado, a SMTR terá um novo diagnóstico do sistema”.
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