Protesto contra aumento dos combustíveis causa engarrafamento nos dois sentidos da Avenida BrasilREGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA

Rio - O Centro de Operações Rio registrou, às 8h desta quarta-feira (4), um congestionamento de 55 km em toda a cidade. A extensão do engarrafamento é o triplo da média das três últimas quartas neste mesmo horário (18 km). O trânsito foi problemático nesta manhã devido a uma manifestação que aconteceu na Avenida Brasil contra o aumento no preço dos combustíveis.
A manifestação começou na altura de Parada de Lucas e rapidamente causou reflexos em outros pontos da cidade. Às 7h, o COR já registrava um congestionamento de 26 km, mais de três vezes além da média das três últimas quartas - 8 km.
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Apesar dos engarrafamentos, o protesto teve bem menos adesão do que o movimento esperava: a expectativa era mais de 10 mil presentes, mas policiais militares no local estimaram pouco mais de 150 manifestantes.
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Manifestantes se concentraram próximo ao Trevo das Margaridas e puseram barricadas na via. A Polícia Militar, que acompanhou o ato, negociou a liberação das pistas. Houve reflexos na Rodovia Presidente Dutra, na Avenida Washington Luiz e até na saída de Nova Iguaçu.
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A ideia era realizar o protesto no horário de pico justamente para chamar a atenção em relação à situação considerada "inviável" pelos trabalhadores. "Entregamos para alguns políticos um projeto de lei para a regulamentação de ganho mínimo. Estamos pressionando para que mude o cenário. Estamos no 11º aumento dos combustíveis e está inviável continuar trabalhando com aplicativo", afirma Luiz Corrêa, representante do Sindicato dos Prestadores de Serviços por Aplicativos (SindMobi). Segundo Corrêa, muitos prestadores de serviços estão deixando as plataformas como Uber e 99 por não conseguir manter os custos mínimos dos combustíveis.
"A gente quer apresentar uma PEC para a redução, ou fim dos impostos nos combustíveis. A gente apresentou uma pauta de reinvindicação para a Uber e a 99 pedindo reajustes, melhores condições de trabalho. Nosso sindicato avalia que 25% da frota de motoristas já parou de rodar. Quem tem carro alugado já entregou".