Reveillón de 2019 foi o penúltimo com presença de cariocas e turistas em Copacabana. Na foto, a queima de fogos em Copacabana a partir da Vista ChinesaAlexandre Brum / Agência O Dia

Rio - A cidade do Rio terá um Reveillón muito parecido com as clássicas viradas de ano que encantavam moradores e turistas antes da pandemia. Mas para isso acontecer, é preciso que a transmissão da Covid-19 siga sob controle e a vacinação avance. A Riotur publicou, nesta sexta-feira (6), um caderno de encargos e propostas para empresas interessadas na promoção da festa, que não aconteceu na virada de 2020 para 2021 por conta da pandemia. No Diário Oficial do município, a prefeitura alerta que festa "depende de cenário da Covid-19 na capital".
Show em Copacabana
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No caderno de encargos, a prefeitura estima a presença de 2 milhões de pessoas em Copacabana, entre cariocas e turistas. A ideia é ter queima de fogos, iluminação, cenografia e shows ao vivo em três palcos, um principal e outros dois alternativos, todos instalados na faixa entre o Leme e o Posto 6. No palco principal, a empresa deverá, obrigatoriamente, contratar o show de uma atração de renome internacional. A prefeitura planeja uma queima de fogos de 14 minutos. A festa deve começar às 17h e terminar às 2h15, com o último show.
A execução dos serviços de montagem começa no dia 10 de dezembro, segundo o plano. A queima de fogos e os espetáculos da virada deverão ser transmitido ao vivo para os telões. 
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Em Copacabana, a ideia é instalar 800 banheiros químicos, incluindo exclusivos para PNEs (Pessoas com Necessidades Especiais). A Riotur também quer a implementação de ações de combate ao assédio contra mulher, como QR Codes que divulguem informações úteis, como quem procurar e a quem ligar, em tempo real. Outra ação na orla do bairro será voltada para o acolhimento de pessoas LGBTQIA+ vítimas de violência.
Dez outros bairros da cidade também podem ter festa
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Para os outros diversos palcos espalhados pela cidade, a expectativa a prefeitura é receber 1 milhão de pessoas. Serão dez palcos, ao todo:

Praia do Flamengo, no Flamengo (altura da rua Dois de Dezembro)
Parque Madureira, no Parque de Madureira
IAPI da Penha, na Penha
Praia da Bica, na Ilha do Governador
Praia da Capela, em Pedra de Guaratiba
Praia de Sepetiba, em Sepetiba
Praia da Moreninha, em Paquetá
Piscinão de Ramos, em Ramos
Boulevard Olímpico, na Gamboa
Praça Guilherme de Silveira, em Bangu
Artistas devem se apresentar nos diferentes palcos montados pela cidade. Espetáculos pirotécnicos são permitidos nesses bairros, segundo o edital, "desde que estejam de acordo com as normas de segurança estipuladas pelos órgãos competentes". A estrutura montada em Copacabana também deverá ser repetida nos outros locais: grades de proteção, ambulâncias e campanhas contra o assédio.
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Com Covid-19 em alta, Copacabana ficou vazia na virada de 2020 para 2021
Caso se concretize, esse será a primeira festa oficial de Reveillón nos últimos dois anos. A comemoração da virada não aconteceu por conta da alta taxa de internações e óbitos pela Covid-19. A Praia de Copacabana ficou vazia.
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Houve proibição de queima de fogos em toda a extensão da orla da cidade, inclusive pela rede hoteleira. As festas privadas, shows ou qualquer evento ao longo da orla foram proibidos. Também estava suspensa a entrada na cidade de ônibus, micro-ônibus e vans de fretamento.
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Fiocruz: Rio tem nível de transmissão 'muito alto', apesar de sinais de estabilidade
Até a noite de quinta-feira, a cobertura da população adulta com a primeira dose da vacina, ou com a dose única, já era de 80%; a cobertura da população adulta com 2ª dose era de 35,8%. São 4,075 milhões de pessoas vacinadas com primeira dose, 1,748 milhão vacinada com segunda dose, e 139.606 vacinadas com dose única.
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O Boletim InfoGripe, da Fiocruz, aponta a capital do Rio de Janeiro como uma das 11 no país que integram os territórios com nível de transmissão da covid-19 considerado “muito alto”. Apesar disso, o estado apresenta sinal de estabilidade nos registros de atendimento de Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG), de acordo com a última atualização do boletim, divulgado na quarta-feira (4).
A tendência em todo o território fluminense, contudo, é que a covid siga em um platô no índice de contaminação. No país, até a semana passada, o boletim previa queda no número de óbitos e registros de SRAG, mas a edição divulgada ontem (4) mostra uma reversão no índice de contaminação, embora o de óbitos continue apresentando queda.
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A Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES) registrou, até esta quinta-feira, 1.044.535 casos confirmados e 59.659 óbitos por coronavírus no estado. Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 3.319 novos casos e 124 mortes.
O Fórum Nacional de Governadores pediu na quarta-feira ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que enviasse doses extras de vacina contra a covid-19 para o Rio de Janeiro devido ao aumento de casos da variante Delta no território fluminense - já são quase 200, até a última atualização. De acordo com o ofício enviado à pasta federal, a ação busca tentar conter a transmissão da cepa no país, evitando o que os mandatários chamaram de “uma catástrofe de proporções ainda mais graves”.