Agentes da prefeitura e funcionários do MetrôRio trabalham na retirada da passarela que caiu sobre os trilhos, em AcariREGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA

Rio - Os vídeos do acidente ocorrido na noite de quinta-feira, em Acari, lembram as cenas de um filme apocalíptico. Pessoas viveram minutos de desespero depois que um caminhão perdeu o controle na Avenida Pastor Martin Luther King Jr e atingiu um carro e uma passarela provisória. A estrutura desabou em cima da passagem da Linha 2 do metrô, onde uma composição seguia em velocidade, sentido Pavuna, e precisou parar bruscamente. Por sorte, ou algo que pode-se chamar de milagre, ninguém ficou ferido.
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O MetrôRio abriu às 5h desta sexta-feira, com as estações Pavuna, Engenheiro Rubens Paiva, Acari, Coelho Neto e Colégio fechadas. Elas foram reabertas por volta das 6h10. Durante a madrugada, o Corpo de Bombeiros, funcionários do MetrôRio e agentes da prefeitura trabalharam para retirar a estrutura metálica e liberar a passagem dos trilhos. O trabalho segue durante a tarde na via, onde agentes da prefeitura tentam içar partes da passarela e o caminhão tombado.

O acidente aconteceu por volta das 22h45. Na Avenida Pastor Martin Luther King, entre Coelho Neto e Irajá, um caminhão atingiu a estrutura de uma passarela provisória. O motorista do caminhão contou que foi fechado por um carro de passeio, entrou na pista errada e perdeu o controle. 
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Na batida, a passarela, que não pertence ao MetrôRio, caiu em cima dos trilhos. Uma composição vinha logo em seguida, sentido Pavuna, e precisou frear. Ainda assim, arrastou por alguns metros os pedaços da passarela. Com o impacto, as portas travaram, e os usuários ficaram presos por alguns minutos dentro dos vagões, sem conseguir sair. Não houve feridos. Nem o caminhoneiro, nem o condutor do veículo sofreram lesões graves. Eles foram liberados ainda no local.
"Deus segurou aquele vagão", disse ao DIA Eduardo Monteiro, que estava no metrô no momento do acidente. "O vagão que eu estava saiu do trilho e um barulho muito alto de alta tensão, faíscas saindo do vagão, mas pelo lado de fora e um cheiro de fumaça. Todos caíram no chão, tinha pessoas gritando, chorando, gente desmaiada. Fiquei em choque, em desespero. Daí todos conseguiram sair do primeiro vagão e correr lá para trás e ainda tinha gente jogada no chão porque desmaiaram, e pessoas empurrando para poder correr para trás".
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