Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)Divulgação Alerj
CPI da Intolerância Religiosa mira vídeos com incitação ao ódio e preconceito
Relator exibe vídeo com ataques às instituições e discurso de ódio contra minorias
Rio - O relator da CPI da Intolerância Religiosa, na Assembleia Legislativa do Rio, deputado Átila Nunes (MDB), propôs a retirada da internet de todos os vídeos com ofensas e disseminação do ódio e preconceito. Durante os trabalhos da comissão, nesta terça-feira, o parlamentar exibiu um vídeo de um seguidor do autointitulado pastor Tupirani, da Igreja Geração de Cristo, que destila ódio religioso, racial, homofobia e ameaças de morte, além de ofensas aos veículos de comunicação e instituições, como Ministério Público, Judiciário e Legislativo.
A proposta do relator da CPI recebeu o apoio do procurador do Ministério Público Federal, Jaime Mitropoulos, integrante do grupo de trabalho Liberdade de Consciência, Crença e Expressão; além do defensor público Fábio Amado, coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.
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Apesar do vídeo postado no Instagram ser claramente de ódio religioso, racial e sexual, ao procurar a empresa para pedir a retirada do vídeo discriminatório da rede, o relator da CPI da Intolerância Religiosa, recebeu a resposta de que o conteúdo específico não vai contra as diretrizes da rede social. Segundo ele, a CPI da Intolerância Religiosa poderá recorrer à Justiça para retirar a postagem da internet.
"Um absurdo o Instagram manter um vídeo com conteúdo como esse sob o argumento de que o conteúdo não incita o ódio. Como não? Isso é inacreditável. São 15 minutos de discurso de puro ódio e ataques a todas as instituições. Não podemos aceitar o uso da internet para incitação do ódio e preconceito religioso, racial e sexual. Vou propor aos integrantes da CPI uma ação judicial para pedir a retirada da postagem", disse Nunes.
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