Polícia Civil faz operação contra braço financeiro do tráfico nas comunidades de Parada Angélica e Vila Sapê, em Caxias REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA

Rio - A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (18) a Operação Domínio Final, que busca enfraquecer o braço financeiro do tráfico de drogas que atua nas comunidades de Parada Angélica e Vila Sapê, em Duque de Caxias. Agentes estão nas ruas para cumprir 28 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias utilizadas para lavagem de dinheiro, segundo investigações da 62ª DP (Imbariê). Até o momento, três pessoas foram presas: duas pelo cumprimento de mandados, e uma em flagrante.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/RJ), também está na operação. Agentes da Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional (SSPIO), do Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) apoiam a ação.
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Investigações apontam que além do comércio de drogas, os traficantes locais criaram uma rede de roubos e revendas de diferentes tipos. Dos 28 mandados de prisão, 13 são para criminosos de Parada Angélica, e outros 15 para os da Vila Sapê.
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Em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, a Polícia Civil identificou que o líder do tráfico na Vila Sapê, Diony Lopes Torres, conhecido como 'Playboy', movimenta cerca de R$ 2 milhões por mês com as atividades ilícitas. Ele responde por tráfico internacional de drogas e armas.
'Playboy' também tem gerência sobre a comunidade do Caleme, em Teresópolis, que serve como uma espécie de 'filial'. Agentes da Polícia Civil apuraram que um líder da mesma quadrilha, apelidado de Sombrão da VK, que está preso, ordenou que o grupo tomasse as comunidades de Teresópolis das mãos de facções rivais para 'vermelhar' a cidade, em clara referência ao Comando Vermelho. Em todas as comunidades, a quadrilha atua com intimidação a moradores e comerciantes.
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Parada Angélica: tráfico também determina roubo de cargas

Em Parada Angélica, a investigação descobriu que os criminosos conhecidos como 'Bola' e 'Rex' são responsáveis por coordenar roubos de cargas na região. A investigação, inclusive, começou após denúncias de roubos consecutivos realizados no eixo das vias Rio-Magé, Avenida Coronel Sisson e Avenida Automóvel Clube. A quadrilha atua com um criminoso responsável somente pelo tráfico: é Gilberto Soares Alves, o Caveirinha. 
"Apesar de terem lideranças distintas, ambas as comunidades - Parada Angélica e Vila Sapê – atuam em harmonia na distribuição de drogas, prática de roubos, homicídios e defesa armada do território", afirma a Polícia Civil.