Material vindo da China chegou ao Aeroporto de Guarulhos Internet

Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou o pedido do Instituto Butantan para o uso emergencial da CoronaVac na população entre 3 e 17 anos de idade, em reunião extraordinária nesta quarta-feira. Segundo parecer técnico da relatora Meiruze Freitas, que foi seguido por unanimidade pelos diretores, não há dados suficientes que atestem a segurança do uso da vacina na faixa etária e também o grau de eficácia e tempo de imunidade conferidos contra a covid-19.
Porém, os diretores não desconsideraram a hipótese de uma nova análise após o envio de informações mais consistentes por parte do Butantan. E reafirmaram o uso emergencial da vacina na população adulta, mantendo o parecer de segurança e efetividade que havia sido aprovado em 17 de janeiro.
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"Até o momento, não há dados que atestem a eficácia para o uso pediátrico. É preciso termos um perfil estatístico mais consistente, a partir de um estudo que considere um grupo maior de amostras", pontuou a diretora Meiruze Souza Freitas.
A diretora também destacou a necessidade de um estudo comparativo entre a resposta imune na população adulta, já comprovada, e a resposta imune na população pediátrica, considerando, ainda, diferentes faixas etárias compreendidas entre 3 e 17 anos de idade.
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Gustavo Mendes, da Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, também destacou a ausência de estudos incluindo crianças e adolescentes com comorbidades ou portadores de doenças autoimunes.
"Não podemos afirmar, a partir dos dados apresentados, que os anticorpos gerados na população pediátrica são suficientes para proteger contra casos graves e óbitos. Também há incerteza da duração da proteção para esse público. Além disso, não é conhecida a eficácia ou indução de resposta imune em crianças com comorbidades ou que sejam portadoras de doenças autoimunes", disse Mendes.
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Resposta do Butantan
Segundo o Instituto Butantan, produtor da vacina em parceria com o laboratório chinês Sinovac, os dados adicionais solicitados pela Anvisa para comprovação de segurança e eficácia no uso da vacina em crianças e adolescentes serão providenciados o mais breve possível. 
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O Butantan reafirmou, em nota divulgada após a reunião da Anvisa, que 'os dados fornecidos até o momento são satisfatórios para a ampliação do uso pediátrico'. E que dados do estudo de imunogenicidade da CoronaVac ainda não foram entregues na sua totalidade à Anvisa por conta de divergências no método de análise.