Quadrilha dopava e extorquia idosa em Teresópolis; quatro pessoas foram presasReprodução de vídeo

Rio - Uma quadrilha que dopava e extorquia uma idosa de 85 anos foi alvo de uma operação da Polícia Civil, na manhã desta quinta-feira (19), em Teresópolis, na Região Serrana do Rio. A vítima, que era funcionária da Justiça Federal, foi roubada em aproximadamente R$ 10 milhões. Na operação 'Parasitas', policiais da 110ª DP (Teresópolis) cumpriram cinco mandados de prisão e 11 de busca e apreensão nas casas dos envolvidos. Cinco pessoas foram presas.
Segundo o delegado titular da 110ª DP, responsável pelo caso, Márcio Mendonça Dubugras, todos os presos já haviam prestado depoimento no início da investigação e foram orientados pelos advogados a falarem somente em juízo.
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De acordo com a especializada, o golpe começou em 2018, quando um dos integrantes foi contratado para prestar serviços na casa da idosa. Bruno de Lima Reis, que está entre os presos hoje, começou como pedreiro e depois se tornou o motorista dela. Ele também é apontado como chefe da quadrilha e responsável por indicar outros funcionários para trabalhar na casa. Luiz Carlos Amorim e Márcia Souza Pereira Amorim, caseiros do sítio da vítima, e Marcelo da Silveira Reis são os outros presos. O jardineiro do sítio, que também seria integrante da quadrilha, é considerado foragido.
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A funcionária aposentada da Justiça Federal era constantemente dopada com o medicamento usado no golpe "Boa noite, Cinderela" para que ela assinasse cheques e documentos autorizando a venda de seus imóveis e saques em contas bancárias. Por conta do uso excessivo do medicamento, a polícia informou que atualmente ela apresenta distúrbio mental. 
Ainda de acordo com a especializada, em 2020, os criminosos conseguiram forjar uma declaração de união estável entre a idosa e Bruno, de 31 anos. Com isso, a quadrilha vendeu todos os imóveis da vítima, como quatro apartamentos na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e em Copacabana, na Zona Sul. "Os apartamentos foram vendidos por um valor bem menor do que o real para que obtivessem o dinheiro mais rápido", explicou a polícia.
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O sitio na Região Serrana também foi transferido para um dos membros da organização criminosa.
Transferências bancárias
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As investigações apontam que as transferências de dinheiro eram feitas através de contas de terceiros, que sacavam as quantias e repassavam aos membros da quadrilha, ficando com 5% dos valores transferidos.
Um outro homem, suspeito de participar do crime, foi identificado como Moacir Carvalho Correia, auditor da Receita Estadual de 12 municípios da Região Serrana. Ele é investigado por ceder sua conta para as transferências bancárias.
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Os integrantes da quadrilha vão responder pelos crimes de roubo qualificado, organização criminosa e lavagem de capitais. Já as pessoas que cederam suas contas para as transferências bancárias vão responder por organização criminosa e lavagem de capitais.