Rio - A Prefeitura do Rio recuou o plano de flexibilização das restrições de combate à covid-19, previsto para iniciar no dia 2 de setembro. A decisão foi tomada em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde do município após recomendações do Comitê Científico. A SMS ainda não divulgou uma nova data para iniciar a flexibilização.
Com a nova postura adotada pela Prefeitura, a flexibilização dependerá não apenas do nível de cobertura vacinal dos cariocas, mas também do cenário da pandemia na cidade nas próximas semanas. Em pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a cidade do Rio de Janeiro e Boa Vista são as únicas capitais que estão na "zona crítica" em ocupação de leitos de UTI. O documento aponta que a capital fluminense, hoje considerada o epicentro da variante Delta, está com 96% da capacidade de leitos de UTI para adultos no SUS ocupados.
Segundo o vacinômetro da Prefeitura, mais de 5 milhões de cariocas foram vacinados com a 1ª dose ou dose única do imunizante contra Covid-19. A primeira etapa do plano de reabertura anunciado em julho previa para o dia 2 de setembro as seguintes flexibilizações: eventos em ambientes abertos, com máscara; público de 50% nos estádios (o que já está descartado pela prefeitura); público vacinado de 50% em danceterias, boates e casas de show.
Na última segunda-feira (23), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, havia afirmado que o plano de flexibilizar em setembro iria seguir, já que o avanço da imunização dava garantias de melhora na situação epidemiológica. Contudo, o prefeito também veio reiterando nos últimos dias a importância de seguir as recomendações do Comitê Científico. "E no final são eles a voz de comando aqui na prefeitura do Rio. Vamos observando o cenário epidemiológico e o ritmo da vacinação e fazendo os ajustes necessários", escreveu ele recentemente.
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Confira a nota da SMS na íntegra:
"Desde o primeiro anúncio sobre o plano de reabertura da cidade, no início de agosto, foi frisado que essas medidas estavam condicionadas a um cenário epidemiológico favorável, com continuidade da regressão do mapa de risco da cidade para alertas moderado e baixo; e da regularidade de entrega de vacinas pelo Ministério da Saúde. Em não confirmando essas condições, o planejamento poderia ser revisto.
Diante do recente aumento do número de casos da doença devido à circulação da variante Delta, retorno de todo mapa de risco para alerta moderado e da recomendação do Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19 (CEEC), o plano de reabertura foi adiado."
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