Casal está desaparecido desde domingo (22) após sair de barco para ver o pôr do sol em Angra dos ReisReprodução / Redes Sociais

Rio - As buscas por Leonardo Machado de Andrade, 50 anos e Cristiane Nogueira da Silva, 48, seguem ativas nesta quinta-feira (26). Os bombeiros dos quartéis de Angra dos Reis, Sepetiba e Frades retomaram o trabalho às 7h. O casal está desaparecido desde domingo (22). De acordo com o filho de Cristiane, Guilherme Brito, os dois saíram de barco, por volta das 16h30, para ver o pôr do sol em uma praia e não foram mais vistos. 
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De acordo com Guilherme, após conversar com moradores e pescadores da região, surgiu uma nova hipótese. O casal pode ter sido vítimas de criminosos que atuam em alto mar, os 'piratas'. "Essa versão a princípio para mim, que moro no Rio, foi absurda, mas depois de ouvir alguns moradores passou a fazer sentido. Me contaram que piratas têm o costume de sequestrar embarcações e torturar banhistas em alto mar. Além disso, eles costumam modificar características das embarcações roubadas para não levantarem suspeita ou serem parados", contou.
Ao DIA, o delegado responsável pelas investigações Vilson de Almeida, da 166ª DP (Angra dos Reis), disse que não há nenhum registro recente de ataques ou roubos no mar, as conhecidas 'atividades piratas', contudo, não descartou essa linha de investigação. "Não é a linha mais forte que temos no momento, já que não temos nenhum indício, mas também não podemos descartar", explicou.
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A versão ganhou força devido ao fato do ex-casal ter apresentado boa relação durante a viagem do fim de semana e de Leonardo ser experiente em pilotar embarcações. Segundo o filho de Cristiane, o ex-padrasto é experiente e tem um canal no Youtube ensinando a velejar e com dicas de como pilotar em alto mar.
Um pescador, em conversa com Guilherme, explicou que acha pouco provável que a embarcação tenha afundado, já que não foi localizado nenhum casco boiando. Por isso, nos pedidos de buscas, Guilherme começou a orientar as pessoas a prestarem atenção nos detalhes, já que a embarcação pode estar circulando com mais de duas pessoas a bordo.
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O filho de Cristiane foi na terça-feira (24) até a casa onde a mãe estava hospedada com Leonardo e encontrou o celular dela dentro da sua bolsa. De acordo com ele, Cristiane estava se comunicando com a família desde o início da viagem através do celular do ex-companheiro, com quem ensaiava uma reconciliação. "Eles estavam felizes, ela mandou várias fotos pra gente durante a viagem, estava tudo normal", diz ele que tenta encontrar uma justificativa para o desaparecimento.

Segundo informações da família, o casal ficou junto por quase três anos, mas haviam se separado há dois. O ex-casal se mostrava bastante apaixonado, mesmo com brigas, que para o filho de Cristiane, eram discussões normais. "Por eles se gostarem muito, tentaram uma reconciliação depois desses anos separados", analisou.
O caso
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Cristiane foi para Ilha Grande na sexta-feira (20) a convite de Leonardo, ex-padrasto de Guilherme, e deveria ter retornado ao Rio por volta de 12h de segunda-feira (23). Contudo, desde 10h de domingo (22), a família não consegue mais contato com eles. "A gente achou que fosse por causa do sinal, que no dia seguinte conseguiríamos falar com ela. Na segunda, o motorista veio no Piratas (marina em Angra) para levá-la de volta para Rio, foi ai que a gente começou a se desesperar", contou Guilherme.
Depois que Cristiane não apareceu no local combinado com o motorista, a família dela começou a procurar informações com o caseiro da casa do ex-padrastro de Guilherme e descobriu que Leonardo também estava desaparecido. O caseiro contou que os dois saíram, por volta das 16h30, de barco para ver o por do sol em uma praia próxima.
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Por não terem voltado, o caseiro chegou a pegar um barco, por volta de 0h de segunda-feira, e foi até a praia que os dois estariam para tentar encontra-los, mas as buscas foram sem sucesso.