Guarda Municipal foi preso em flagrante por um policial à paisana que estava no local Reprodução

Rio - O juiz Alberto Fraga, da 1ª Vara Criminal de Nilópolis, aceitou o pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e tornou réu o guarda municipal Max Aurélio da Costa Biassoto Ferreira, 37 anos, preso preventivamente desde o dia 8 de agosto, acusado de matar o policial militar Cristiano Loiola Valverde, de 39 anos, a tiros, após uma briga em um bar no Centro de Nilópolis, na Baixada Fluminense. Max Aurélio da Costa Biasotto também estava fora do horário de serviço e foi detido por frequentadores do local e preso em flagrante por um policial à paisana.
O magistrado também negou o pedido de revogação da prisão preventiva, solicitado pela defesa do guarda municipal. O acusado vai responder por homicídio triplamente qualificado e lesão corporal.
Ainda na decisão, o juiz destacou que o guarda "supostamente efetuou diversos disparos de arma de fogo na direção da vítima fatal e, inclusive, teria buscado outro carregador para efetuar mais disparos quando a munição acabou, mesmo com a vítima já alveja e caída ao solo". O juiz Alberto Fraga considerou ainda que os disparos foram efetuados quando a confusão já havia acabado e não no calor do momento, o que "pode denotar personalidade violenta e uma reação completamente desproporcional".
O estabelecimento estava cheio e pessoas assistiam à partida entre Flamengo e Internacional, no início da noite. Segundo testemunhas, o policial militar foi atingido ao tentar apartar uma briga de Max Aurélio com outra pessoa. Uma testemunha que presenciou o assassinato do cabo da policial militar, disse que o guarda municipal efetuou pelo menos 20 tiros contra a vítima.
Segundo uma testemunha ouvida pelo DIA, que pediu para não ser identificada, Max Aurélio descarregou o primeiro pente e deu aproximadamente 15 tiros no policial. Logo em seguida, houve correria no local e ele conseguiu colocar um novo carregador na pistola, efetuando ao menos outros cinco disparos.

As imagens mostram que o guarda se abaixa e recolhe um objeto do chão, antes de fazer mais disparos contra Cristiano, que já estava caído. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que Max Aurélio foi agarrado por populares na praça.
Veja o vídeo: