Milicianos de Rio das Pedras lavavam dinheiro em investimentos milionários com o empresário Glaidson Acácio dos Santos Divulgação

Rio - Um consultor de Glaidson Acácio dos Santos, preso no dia 25 de agosto por um esquema ilegal de bitcoins, afirmou, em uma conversa interceptada com autorização da Justiça, que investidores aportavam, por hora, R$ 2 bilhões nas contas de empresas. As informações são do portal G1, da TV Globo. 
"De dez em dez minutos, entra uma menina na conta do Banco do Brasil e transforma todo o saldo que tem em criptomoedas. Hoje, para você ter uma ideia, entra uma média de dois bi a cada hora na conta da empresa", afirmou o rapaz.
Indiciados
Glaidson Acácio dos Santos e mais 21 pessoas, incluindo sua mulher, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, que é considerada foragida, foram indiciados pela Polícia Federal por fraude no sistema financeiro nacional e organização criminosa.
Durante o curso das investigações, a PF instaurou inquérito para apurar a ligação do Faraó dos bitcoins com a milícia de Rio das Pedras e Muzema, na Zona Oeste.
A polícia identificou um investimento milionário dos milicianos na G.A.S.
Quem é o Faraó dos bitcoins
Em 2014, Glaidson Acácio dos Santos era conhecido por trabalhar como garçom em um restaurante de classe média na Orla Bardot, em Búzios, Região dos Lagos, recebendo pouco mais de R$ 800 de salário. De lá pra cá, em pouco mais de 7 anos, passou a ser conhecido como um dos homens mais ricos da Região dos Lagos ao movimentar, em contas de sua empresa, cerca de R$ 2 bilhões.
Para a polícia, o ex-garçom é responsável por um sistema de pirâmide financeira no mercado de criptomoeadas. Gladison prometia 10% de lucro em investimentos para seus clientes.