Policiais encontraram armas, uniformes, documentos e objetos referentes ao nazismoREPRODUÇÃO

Rio - A Polícia Civil do Rio vai investigar a existência de grupos neonazistas que atuam no Brasil. O inquérito policial foi instaurado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) após a prisão de Aylton Proença Doyle Linhares, na terça-feira (5), suspeito de tentar estuprar um menino de 12 anos. Na casa dele, em Vargem Grande, foi apreendido vasto material nazista, como armas, munições, bandeiras, uniformes e até mesmo uma carteirinha de partido nazista com a foto dele. 
Em depoimento à polícia, Aylton Proença não negou que tenha tentado abusar do menor e ainda revelou que faz parte de grupos adoradores do Adolf Hitler, líder do nazismo e o responsável por um regime de terror que levou o mundo à Segunda Guerra Mundial.
"Em seu depoimento, ele revelou que participa de outros grupos, não no Rio especificamente, mas participa de outros grupos. Ele não é muito preciso quanto a isso. E entre ele falar e ser verdade, a gente tem que verificar", diz o delegado Luiz Mauricio Armond, responsável pelo caso e titular da delegacia do Recreio. 
De acordo com o delegado, a polícia já apura alguns pontos que podem ser usados por grupos neonazistas. "Nós já estamos com alguns pontos de indicativos desses grupos. Agora nós vamos aprofundar e verificar se existe, além dos grupos, pessoas ligadas a ele. Então, nós temos que terminar e identificar com mais precisão, para que a gente tenha uma noção exata do que se trata", conclui o delegado. 
Aylton Proença Doyle Linhares foi preso pelos agentes da 42ª DP após denúncias de moradores de um condomínio em Vargem Grande. Contra ele foi cumprido mandado de prisão temporária por tentativa de estupro. A polícia apurou que ele tentativa agarrar as crianças dentro do condomínio. A polícia já sabe que ele tentou abusar de outras três crianças.
Veja o que foi apreendido  
12 fardas nazistas;
bandeiras;
um quadro de Adolf Hitler;
recortes de jornal dos anos 1950 com noticiários do nazismo e fascismo;
medalhas do Terceiro Reich;
miniaturas de estátuas e veículos;
capacete militar;
e um documento da SS, a organização paramilitar ligada ao Partido Nazista, com a foto de Aylton.