Tunay Pereira, sócio de Glaidson AcácioReprodução

Rio - Preso na 'Operação Kryptos', realizada em agosto deste ano contra uma quadrilha organizada que atuava com pirâmide financeira, o empresário Tunay Pereira Lima será transferido da Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, chamada de Bangu 1, para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, também no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Ele é um dos homens de confiança e sócio do ex-garçom  Glaidson Acácio dos Santos, o "Faraó das bitcoins", também preso. 
A decisão da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) segue determinação da juíza Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal. A magistrada já havia tomado decisão semelhante a respeito do ex-garçom. Os dois foram transferidos para Bangu 1 depois que a corregedoria da Seap encontrou celulares, picanha e linguiça e uma cela ao lado de onde estavam presos. 
Glaidson e o sócio Tunay integram uma lista com outras 15 pessoas que foram denunciadas pela Polícia Federal e se tornaram réus na Justiça Federal. Entre os denunciados está a mulher do 'Faraó das biticoins', a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, de 38 anos, que, segundo a PF, está nos Estados Unidos e é considerada foragida. 
A Seap reforça que os sócios ficarão em celas deferentes e sozinhos. Ambos serão monitorados por câmeras de segurança. A medida visa evitar que eles recebam regalias dentro da cadeia. 
Internacional 
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a G.A.S Consultoria, empresa que tem Glaidson dos Santos, e a esposa dele Mirelis Zerpa como principais mandatários, atuou em pelo menos sete países entre os anos de 2015 e 2021.
O MPF identificou que o investimento ilegal em criptomoedas movimentou cerca de R$ 38 bilhões a partir de um sistema de pirâmide financeira controlada pelo 'Faraó das biticoins'. 
Por determinação da Justiça Federal, todas as contas de empresas vinculadas ao ex-garçom e sua mulher estão bloqueadas.