Policiais militares também passaram por treinamento de tiro em ambiente noturnoDIVULGAÇÃO
PMs fazem curso para melhorar capacidade operacional e reduzir letalidade
Com carga horária de 50 horas, projeto 'Tropa Segura' promoveu treinamento para desenvolver o preparo psicológico e a tomada de decisão dos militares
Rio - Policiais militares de diferentes batalhões do Rio participaram, nas últimas semanas, de um curso para aperfeiçoar o preparo técnico e psicológico em serviço, para reduzir a letalidade. O treinamento de 50 horas, oferecido pelo Centro de Instrução Especializada e Pesquisa Policial (CIEsPP, visa desenvolver a tomada de decisão dos agentes que operam nas ruas.
O treinamento tem diferentes disciplinas, além do próprio desenvolvimento de tiro. Policiais militares têm aulas de assuntos como direito operacional, psicologia operativa, tecnologias de menor potencial ofensivo e abordagens (pessoas, edificações e veículos). PMs de batalhões de Niterói, São Gonçalo e Baixada Fluminense participaram do curso. "O treinamento e a saúde mental da tropa são prioridades e essa imersão nos nossos centros de instrução se fez necessário", comentou o secretário da PM, coronel Luiz Henrique Marinho Pires.
Na última semana, parte dos PMs participou de um treinamento de tiro em ambiente noturno, no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), em Sulacap. Segundo dados da PM, das 200 mil abordagens mensais no estado, 27% delas acontecem à noite.
"O policial militar estará instrumentalizado profissionalmente para que, no momento de crise, de estresse, ele possa tomar a melhor decisão, mais acertada. É uma ação sinérgica que visa potencializar os resultados dos serviços prestados para a sociedade", comentou o major Marcelo Corbage, comandante do CIEsPP.
De janeiro a outubro deste ano, 47 policiais militares do Rio foram mortos - em serviço ou fora dele. Na última sexta-feira (8), o terceiro sargento Bruno Barbosa, de 38 anos, foi morto enquanto isolava a área onde um criminoso morreu em confronto com a polícia, em Quintino. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram também que, nos primeiros oito meses de 2021, 1.019 pessoas foram mortas por 'intervenção de agentes do Estado'.
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