Médico e cirurgião plástico Cláudio Marsili, morto a tiros na Barra da TijucaRedes sociais/Arquivo pessoal

Rio - Em live realizada horas após a morte do pai, o médico psiquiatra Ítalo Marsili, contou como foram os momentos depois do crime. Antes de ser atingido com um tiro na cabeça, ao sofrer um assalto na porta do trabalho na Barra da Tijuca, o cirurgião plástico Claudio Marsili protagonizou uma cena de carinho com a mulher, ao se despedir durante o café.
"E hoje (ontem) ele falou pra ela: 'Tchau gata, daqui a pouco eu volto'. Os dois deram uns beijos e ele foi... Não é que ele não voltou. Para um certo lugar ele não voltou e fica um certo buraco no coração da gente", contou Ítalo.
O psiquiatra disse que chegou no local do crime logo após o pai ser morto pelos bandidos. "Quando eu cheguei hoje no local do crime e vi meu pai lá, não pude deixar de reparar na quantidade de pessoas, amigos, sócios, funcionários da clínica, olhando para aquela cena atônitos, claro, porque foi algo bárbaro, mas com um tipo de olhar que revelava uma profunda saudade dos dias que já não seriam mais tão alegres", disse o psiquiatra, continuando: "Logo que eu cheguei, meu pai ainda estava quente e eu pude abraçar e beijá-lo".
O psiquiatra falou um pouco de como era seu pai "Meu pai era um homem cheio de valores e hoje se foi. Levou um tiro na cabeça e logo em sequência eu fiquei sentado ali durante muitas horas ao lado do corpo dele. E foi tudo muito ágil, a polícia foi muito prestativa e muito ágil, muito carinhosos. Eu fiquei ali refletindo sobre Deus".
Claudio Marsili tinha 64 anos e foi morto por volta das 6h30, logo após estacionar o carro em frente a clínica na qual era sócio, na Rua Fernando Mattos, na Barra da Tijuca. O enterro do cirurgião está marcado para a manhã desta quarta-feira (20) no Caju
Testemunhas contaram à polícia que três bandidos em um Sandero preto renderam o cirurgião plástico e, mesmo após ele entregar as chaves do carro, um dos criminosos atirou em sua direção. Após o crime, o trio fugiu com os dois carros. 
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso e está analisando imagens do circuito de segurança da região. 
Momentos depois, equipes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) localizaram o carro do cirurgião. O veículo foi abandonado na Rua Martins Pena, em um dos acessos ao Turano.