Rafael Luz Souza, conhecido como PulgãoReprodução

Rio - Acusado de liderar uma milícia que atua em parte da Zona Oeste do Rio, o inspetor Rafael Luz Souza, conhecido como Pulgão, foi demitido da Polícia Civil. A exoneração da corporação foi publicada no Diário Oficial do Estado de sexta-feira. Ele está preso desde julho de 2018.
Investigações apontam que Pulgão lidera paramilitares que agem em Realengo, Bangu e Padre Miguel, e tentava expandir seu controle territorial. Seu principal desafeto na disputa por novos territórios, segundo a Polícia Civil, era Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto durante ação policial em junho, no dia dos namorados. Em 2018, o serviço de inteligência da Polícia Civil chegou a constatar que havia no grupo de Ecko uma promessa de recompensa de R$ 500 mil para quem matasse Pulgão.
Mesmo após a morte de Ecko, considerado o maior miliciano do Rio, Pulgão teria seguido tentando dominar as áreas de seu rival, que passaram a ser administras por mais um irmão do clã da família Braga, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. A Polícia Civil investiga, inclusive, se mesmo preso ele chegou a se unir ao miliciano Danilo Dias Lima, o Tandera, para conquistar o seu objetivo.
A corporação também apura se Pulgão integra o grupo de matadores de aluguel, conhecido como Escritório do Crime.
O ex-policial civil foi preso em julho de 2018, depois de sair de uma boate, na Barra da Tijuca. Ele foi surpreendido com mais três comparsas em um carro roubado. No veículo, foram apreendidos quatro fuzis, duas pistolas e munição de diversos calibres. Pulgão também é réu em outros processos.
Em setembro, a Vara de Execuções Penais da Justiça do Rio autorizou a transferência do ex-inspetor para o presídio de Bangu 1, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, de segurança máxima.