Quatro pessoas ligadas à milícia são presas em ação da DracoMarcos Porto / Agência O Dia

Rio - A Polícia Civil prendeu 295 pessoas e apreendeu 15 adolescentes, nesta quarta-feira, durante o Dia D da Operação Voleur. A ação, que aconteceu em todo o país, contou com mais de 700 agentes das delegacias especializadas e das distritais distribuídas pelo território fluminense. O objetivo era cumprir 533 mandados de prisão, 44 de busca e apreensão e reprimir crimes contra o patrimônio como roubo e furto. Nos primeiros dias da ação (entre os dias 8 a 16), 48 pessoas foram detidas, oito adolescentes foram apreendidos, assim como veículos, armas e munições, além de 11 celulares recuperados.
Nesta quarta, ao menos quatro milicianos foram capturados por policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) no Jardim Primavera, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Eles seriam ligados a Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, irmão de Wellington Silva Braga, o Ecko.
Uma das equipes foi enviada ao Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio para cumprir parte dos mandados. Segundo a polícia, uma mulher que comprou um aparelho celular roubado, em um site de compras, foi ouvida e liberada.
A operação foi iniciada no dia 08 de novembro e é coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC). O nome da operação é uma referência a quem pratica crimes contra o patrimônio, roubando ou furtando para si o que não lhe pertence.
Ação contra milícias
A ação ocorre um dia depois de uma Força-Tarefa da Polícia Civil que prendeu 16 pessoas e resgatou uma, que seria queimada viva, na comunidade Jesuítas, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, área disputada pelas milícias de Zinho e Danilo Dias Lima, o Tandera.
Entre os crimes investigados pela força-tarefa, durante a ação desta terça-feira, estão exploração de atividades ilegais controladas pela milícia; cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia; instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (gatonet/gatointernet); armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água; empresas de GNV ilegais; parcelamento irregular de solo urbano; exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais; comercialização de produtos falsificados; contrabando; descaminho; transporte alternativo irregular; estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.