Técnicos da Secretaria Conservação e funcionários da Comlurb fazem a limpeza do terreno no Morro do Salgueiro, onde um imóvel de três andares caiu, na noite de quarta (17). Um homem morreuREGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA
'Quando cheguei, estava tudo no chão', relata vizinha do imóvel que desabou no Salgueiro
Moradores ajudaram o Corpo de Bombeiros nas buscas das vítimas que ficaram sob os escombros. Um homem morreu e três pessoas ficaram feridas, entre elas uma criança
Rio - A comunidade do Morro do Salgueiro se envolveu emocionalmente com a tragédia ocorrida na noite de quarta-feira (17), quando um imóvel de três andares desabou, matando um homem e ferindo outras três pessoas, entre elas uma criança. Assim que o Corpo de Bombeiros chegou, por volta das 20h, vizinhos se juntaram aos militares na busca pelas vítimas dos escombros. Segundo a Secretaria Municipal de Habitação, a construção não possuía licenciamento nem o registro "habite-se".
Cíntia Maria, 42, é vizinha da construção e escutou o desespero dos moradores assim que chegou do trabalho, pouco antes das 20h. "Quando cheguei no beco, escutei o barulho. Um vizinho disse que tinha caído uma casa em cima, e já deduzi que era meu vizinho. Subi correndo e quando cheguei já estava tudo no chão. Muita gente veio ajudar. Ficamos em silêncio para poder saber se tinha gente debaixo dos escombros", afirmou.
Um homem identificado como Carlos, de 22 anos, morreu ainda no local. Dentre as três pessoas resgatadas com vida por bombeiros e vizinhos, duas delas foram encaminhadas ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier: Alessandra Silva, de 19 anos, recebeu alta durante a madrugada desta quinta-feira (19). Já a menina de quatro anos segue em observação e tem quadro de saúde estável. A outra vítima, Alexandra Silva, 25, foi para o Souza Aguiar, no Centro do Rio, e também tem quadro de saúde estável
Segundo moradores, a família vítima do desabamento morava no primeiro andar há pouco menos de seis meses - eles são do Rio Grande do Norte e chegaram ao Rio de Janeiro em busca de emprego."A casa é nova, tem dois anos", afirma Mário Edson, de 69 anos, também morador da região. "Foi tudo de repente, não deu ruído, nem nada"
Imóveis do entorno não foram danificados
Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência Social informou que esteve no local para prestar atendimento aos parentes da vítima fatal. Os moradores que viviam no imóvel receberam proposta de acolhimento da Prefeitura, mas preferiram ir para casa de parentes. O município vai oferecer Aluguel Social e insumos emergenciais.
A Defesa Civil realizou uma vistoria após o acidente, e constatou que os imóveis vizinhos não sofreram abalo e por isso não foram interditados. Nesta quinta (18), técnicos da Secretaria Municipal de Conservação e funcionários da Comlurb estão no morro para fazer a limpeza do terreno.
* Colaborou Reginaldo Pimenta
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