Polícia Civil faz operação contra provedor de InternetMarcos Porto

Rio - A Delegacia de Serviços Delegados (DDSD) apreendeu armas, um colete, um receptor e um notebook durante a operação desta quinta-feira (18) contra uma empresa provedora de sinal de internet, TV e rede de telefonia. A ação aconteceu no endereço da empresa, na Ilha do Governador na Zona Norte do Rio. O delegado Pedro Brasil, titular da especializada explicou que a investigação teve início com base nos depoimentos de técnicos de outras provedoras que ofereciam o mesmo serviço.
A polícia apreendeu uma réplica de fuzil, uma pistola, uma réplica de pistola, um colete balístico, um notebook e um receptor. A ação busca identificar todos os envolvidos no esquema. Os territórios mais explorados são comunidades na capital, Niterói, Cabo Frio e São João de Meriti. De acordo com os relatos dos funcionários de outras empresas, as equipes eram expulsas das comunidades para que apenas uma prestadora de serviço tivesse o monopólio da região.
"Nessas comunidades que a gente verificou, ela é a única que tem permissão para atuar. A gente colheu informações e verificou que essa empresa tinha um convênio com os traficantes", disse o delegado. 
As investigações apontam que a empresa tinha cerca de 20 mil clientes e um faturamento mensal bruto por volta de R$ 1 milhão. A provedora, que tem dois sócios, tinha registro legal, mas atuava de maneira criminosa. "Eles criavam uma exclusividade pagando um valor fixo para os integrantes da organização [...] Por conta desse monopólio eles tinham uma quantidade muito grande de clientes, eram comunidades grandes, com milhares de moradores, só a empresa deles explorava esse tipo de serviço", explicou.
Segundo o delegado, todo o material apreendido será analisado para definir o futuro dos sócios da empresa. "A gente vai analisar o material que foi trazido, algumas armas do tipo simulacro, a gente vai analisar, fazer os registros e, caso a gente verifique que essas armas não têm uma origem lícita ou tenham a numeração suprimida, eles vão ser presos em flagrante", explicou.