Policia - Operaçao foi realizada pela 21ªDP (Bonsucesso), nesta terça-feira, em conjunto com a Policia Militar e com a Prefeitura do Rio. Durante as investigaçoes, policiais constataram que a atividade era explorada pelo trafico de drogas da regiao. Alem disso, os estabelecimentos utilizavam agua e energia furtadas. Moradores da comunidade do Mandela colocaram fogo em destroços, na Rua Leopoldo Bulhoes, na Zona Norte do Rio, apos a megaoperaçao que destruiu os lava-jatos clandestinos da regiao.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - Ao menos 18 pessoas foram detidas e sete foram presas, nesta terça-feira, em uma megaoperação contra lava-jatos clandestinos na Zona Norte do Rio. A megaoperação da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Prefeitura do Rio teve o objetivo de destruir lava-jatos clandestinos na Rua Leopoldo Bulhões, região dominada pelo tráfico de drogas conhecida como "Faixa de Gaza".
Na ação, a Polícia Civil apreendeu 4.932 papelotes de crack, 3.499 papelotes de erva seca, 1.226 pinos de pó branco, além de 246 tabletes de erva seca, 34 frascos de cheirinho da loló e 376 papelotes de pó branco. Os agentes também apreenderam uma pistola, uma carabina, quatro carregadores, 22 cartuchos e seis granadas. 
As investigações apontam que a atividade era explorada pelos traficantes da região, que utilizavam água e energia furtadas. Hilton Alonso, titular da delegacia de Bonsucesso, disse que a unidade utilizou um drone para contabilizar os lava-jatos da região.
Ao todo, são 83 estabelecimentos ilegais, alguns deles também são utilizados como ponto de venda de drogas. "As pessoas que param o carro para lavar, aproveitam e compram a droga de forma tranquila e sem precisar entrar na favela", explicou. Em um dos pontos os policiais encontraram um pé de maconha.
Durante a operação, que contou com a participação de equipes da Light e da Cedae, foram cortadas 105 ligações de água irregulares. Dessas, 83 eram usadas por lava-jatos e 22 eram usadas para alimentar os quiosques da região.
Protestos na região
Agentes da Secretaria de Ordem Pública (Seop), da Secretaria de Conservação e da Guarda Municipal também participaram da operação, que destruiu construções irregulares feitas na região. Os moradores protestaram contra a ação ao colocar fogo nos destroços dos barracos destruídos pelos agentes. Ainda não há informações sobre quantos casas foram demolidas pela Prefeitura do Rio.