Rubens Barrichello faz apelo por buscas de bimotor que caiu entre Ubatuba e ParatyReprodução

Rio - O piloto de Fórmula 1 Rubens Barrichello publicou um vídeo nesta quinta-feira (2) pedindo aos Bombeiros, à Marinha e à Aeronáutica para que sigam nas buscas pelas vítimas de um acidente aéreo entre Ubatuba, em São Paulo, e Paraty, no Rio de Janeiro, no último dia 24. Rubinho é garoto propaganda da empresa de carros blindados do passageiro do bimotor que caiu em mar aberto, o lutador de jiu-jitsu e empresário Sergio Dias, de 45 anos.
Além dele, o copiloto da aeronave, José Porfírio Júnior está desaparecido. Apenas o piloto da avião, Gustavo Carneiro,27, teve o corpo encontrado na última quinta-feira.
"Ainda existe a busca pelo Serginho Alves e pelo copiloto. Eu agradeço todo o trabalho da Aeronáutica, da Marinha, do Corpo de Bombeiros, mas peço de coração que a gente não cesse essa busca. Eu sei que muitos acidentes acontecem todo tempo e a gente só presta atenção para aqueles que estão mais perto da gente, quando nosso banco aquece", afirmou em vídeo na sua conta no Instagram.
"Mas isso serve pra gente pensar, repensar e continuar ajudando. Eu peço encarecidamente à Aeronáutica, ao Corpo de Bombeiros e à Marinha, que continuem às buscas, pelas famílias e por tudo aquilo que a gente crê nessa vida. Obrigado", finalizou o piloto.
 
 
 
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Familiares dos tripulantes vinham cobrando maior empenho e agilidade das autoridades nas buscas e relatavam a falta de transparência da Marinha na condução do salvamento.
Na tarde desta quinta-feira, a mãe do copiloto, Ana Regina, publicou uma imagem de um navio da Marinha e agradeceu à força militar na rede social.
O surfista Pedro Scooby, amigo do empresário e campeão de jiu-jitsu Sérgio Dias também fez um pedido público para equipamentos, como o navio sonar da Marinha, fossem utilizados nas buscas.
O avião bimotor desapareceu por volta das 21h de quarta-feira (24). A aeronave decolou às 20h30 do Aeroporto dos Amarais, em Campinas, e tinha como destino o aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A torre do Rio de Janeiro perdeu o contato com a aeronave às 21h40.
O Corpo de Bombeiros Rio informa que militares seguem mobilizados com mergulhadores e contam com auxílio de aeronaves, embarcações e moto aquáticas que fazem varredura costeira na região entre a divisa do Estado de São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com o coronel Leandro Monteiro, comandante-geral do CBMERJ e secretário Estadual de Defesa Civil, as buscas não param e incluem operações aéreas, marítimas e terrestres, estas inclusive durante a noite. Monteiro afirmou que todos o Corpo de Bombeiros vai permanecer nas buscas durante 15 dias.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que continua na operação de busca e salvamento da ocorrência envolvendo a aeronave de prefixo PP-WRS, com a participação de uma aeronave C-130 Hércules, que decolou às 5h da manhã para as buscas. Um helicóptero H-36 Caracal permanece à disposição, podendo ser acionado em caso de necessidade. Até o momento, uma área de mais de 5700 km² do litoral foi coberta pela busca aérea.
Mochila encontrada é de copiloto
A mãe do copiloto e dono do bimotor que caiu no último dia 24 em mar aberto na região entre Ubatuba e Paraty confirmou que a mochila encontrada no último sábado pela Marinha pertence ao seu filho José Porfírio de Brito Júnior, de 20 anos.
A esteticista Ana Regina Agostinho, de 43, afirmou que foi informada pela Marinha que o material era do copiloto. "Hoje recebi uma ligação da assessoria de imprensa da Marinha para informar sobre a mochila do meu filho", disse. A mãe do copiloto disse que a força militar ficou de passar dois boletins diários à família, que vinha protestando contra a falta de transparência da instituição nas buscas.
Parentes ficaram sabendo que a mochila havia sido encontrada por meio da imprensa.
A Secretaria de Segurança de São Paulo informou que os itens seguem apreendidos à disposição de familiares dos envolvidos para retirada.
Em nota divulgada na quarta-feira, A Marinha afirma que ao encontrar a mochila, intensificou a varredura, com propósito de procurar novas evidências que pudessem levar aos tripulantes desaparecidos. Na segunda-feira (29), o NPa "Guajará" demandou para São Sebastião (SP), a fim de realizar a entrega dos pertences para investigação, por parte do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
"Cabe ressaltar que procedimentos inerentes à investigação de acidentes aeronáuticos prescrevem que todo material encontrado pelos meios, instituições e colaboradores envolvidos nas buscas, devem ser inventariados e periciados, até sua liberação, pelo órgão responsável pela
investigação. Na terça-feira (30), a mochila com os pertences foi enviada para a Delegacia da Polícia Civil de São Sebastião (SP), para que fique à disposição dos familiares", diz o texto.
Segundo o portal de notícias G1, um piloto da companhia aérea Gol teria orientado o comandante do bimotor, Gustavo Calçado Carneiro, de 27 anos, sobre como proceder durante a queda. Procurada, a companhia disse que não comentaria porque o acidente está sendo investigado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
Questionada sobre os áudios da Gol, a Força Aérea afirmou apenas que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizado em São Paulo (SP), estão acompanhando as buscas e quaisquer dados e indícios relacionados à ocorrência serão considerados na investigação.