Homem confessa ter matado Léo Mídia na Baixada FluminenseDivulgação

Rio - Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prenderam, na tarde desta sexta-feira, o suspeito de assassinar Hugo Leonardo Ribeiro de Oliveira, mais conhecido como Leo Mídia, da Beija-Flor. Juan Henrique Gonçalves de Oliveira confessou aos policiais que matou a vítima, com quem mantinha relações sexuais, com golpes de faca, na madrugada da última quarta-feira (22). O homem foi localizado na Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e contra ele foi cumprido um mandado de prisão temporária.
Leo Mídia era apaixonado por Carnaval e pela Beija-Flor - Reprodução
Leo Mídia era apaixonado por Carnaval e pela Beija-FlorReprodução


De acordo com o relato do suspeito a polícia, Léo Mídia, com quem mantinha relações sexuais, prometia a ele vantagens financeiras, no entanto nunca chegou a lhe dar nada. Ainda segundo Oliveira, os dois também nunca negociaram valores específicos para manter a relação.

Pensando em receber então suas supostas recompensas financeiras, Oliveira planejou o crime.

Momentos antes de matar Léo Mídia, o suspeito ligou para a vítima dizendo que iria em sua casa encontrá-lo, e, por isso, o integrante da Beija-Flor deixou o portão aberto. Dentro do imóvel, o casal entrou em luta corporal e Oliveira matou Léo Mídia com golpes de faca.

Durante a briga, o suspeito também se feriou e deixou gotas de sangue pela casa da vítima e os vestígios foram localizados durante a perícia da DHBF na residência.

Na especializada, Oliveira confessou o crime e ainda afirmou que roubou da vítima o telefone celular e a quantia de R$1 mil.

Autor do homicídio foi identificado logo após o crime

No mesmo dia do crime, diversas pessoas foram ouvidas pelos policiais, entre elas uma que mantinha relacionamento amoroso com a vítima e foi encontrada no bairro Jardim América, na Zona Norte do Rio, sendo descartada rapidamente sua participação no homicídio, já que Léo foi morto em sua casa, em Nilópolis, na Baixada.

No final do mesmo dia, a DHBF localizou uma residência a 200 metros da casa da vítima, onde morava o ex-companheiro de Oliveira. O lugar é o mesmo para onde o suspeito apareceu nas câmeras de segurança, correndo saindo e retornando, às 2h52, cerca de dez minutos depois do crime.

A investigação indicou que Juan de fato esteve no imóvel, saiu e retornou sangrando naquela madrugada, foi embora posteriormente levando roupas, assim como foram encontradas pequenas gotas de sangue, material genético arrecadado pela perícia para confronto com o DNA encontrado na casa da vítima.

Suspeito pediu para ex-namorado pintar seu cabelo após o crime

Um ex-companheiro de Oliveira informou que tinha rompido o relacionamento com ele, mas que o rapaz passou a noite no local, tendo acordado no meio da noite e o encontrado tomando banho. O homem contou também que viu que Juan estava sangrando, mas que ele alegou que teria se ferido na porta.

Embora Oliveira não tenha apresentado mudança de comportamento, pela manhã (23), ele pediu ao ex-companheiro que pintasse seu cabelo de preto, pois estava loiro, e, em seguida, pegou suas roupas e foi embora, o que lhe chamou atenção. O homem disse aos agentes que pediu que Oliveira não retornasse, já que estavam separados.

Além do ex-companheiro, outras testemunhas prestaram depoimento possibilitando sua identificação com as imagens de câmeras de segurança coletadas. Apesar de não ter sido filmado seu rosto, as características físicas e roupas foram reconhecidas.

Investigações irão continuar

A investigação na DHBF segue em andamento com o objetivo de formalizar as provas arrecadadas e demonstrar a motivação, havendo indícios de que tenha ido ao local roubar a vítima após a morte de Léo, indicando um possível latrocínio. No local havia uma porta de vidro estilhaçada e uma jarra quebrada, além de gotejamento de sangue indicando que seria do autor e não da vítima.