Bloco das Carmelitas em Santa Teresa. Arquivo / Agência O Dia

Rio - O prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, participam de uma reunião com representantes de blocos de carnaval para definir as condições para o carnaval de rua deste ano. Participam do encontro ligas como Sebastiana, Zé pereira, Carnafolia, Liga do Centro e grandes blocos como Bola Preta e Bloco da Anitta.
Daniel Soranz falou em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, que ainda é cedo para bater o martelo, mas que hoje, a capital tem números positivos com relação à internação, casos graves e óbitos, mesmo com a variante circulando pela cidade. No entanto, é preciso avaliar a tendência no crescimento dessas taxas.
"Essa tendência de crescimento é algo que fala, obviamente, contra a realização de qualquer evento. A tendência de crescimento não é positiva e ela pode se manter ou crescer [...] então essa decisão depende ainda de alguns dias de análises dos dados para que a gente possa de fato planejar um evento com segurança", disse Soranz, em entrevista ao Bom Dia Rio.
Há dois meses do início do Carnaval, as autoridades avaliam os crescentes números de contágio pela variante Ômicron e a epidemia de gripe na cidade, que explodiu durante os feriados de fim de ano. Blocos tradicionais como o Bloco da Preta, a Banda de Ipanema e o Timoeiros da Viola, já disseram que não pretendem ir às ruas em 2022 por conta dos casos de covid.
O presidente do Cordão do Bola Preta, Pedro Ernesto, disse que não tem muitas expectativas com relação ao Carnaval, mas que seguirá as determinações impostas pelas autoridades. "A gente não tem muita expectativa com relação ao Carnaval de rua não, mas vamos pra reunião pra ouvir muito, falar pouco e ver qual vai ser a o encaminhamento. O que posso dizer é que, na altura dos seus 103 anos, o Bola Preta vai seguir a ciência e as orientações das determinações das autoridades públicas", completou.
A presidente da liga Sebastiana, Rita Fernandes, diz que as organizações dos blocos não têm expectativas de uma solução imediata. "Isso exige tempo, mas a gente precisa ouvir a ciência então, a nossa determinação, blocos de rua, ligas e associações, é que a gente vai ouvir a ciência é o que vai nortear a nossa decisão e isso tem que ser feito em uma relação direta", disse.
Em 2021, com a promessa da volta do carnaval de rua, a Riotur recebeu 620 pedidos de desfile de 506 blocos. A lista de inscritos foi divulgada no dia 19 de outubro. Já os desfiles da Sapucaí não correm risco de cancelamento, até o momento, já que de acordo com as autoridades, se trata de uma festa mais controlada, onde é possível exigir o passaporte da vacina.