Governado do Rio, Claudio Castro, fala sobre as chuvas que atingiram Petrópolis nas últimas horasDivulgação
Petrópolis: Governador do Rio promete tirar pessoas de área de risco 'doa a quem doer'
As buscas por desaparecidos vão continuar sem interrupções durante a noite; autoridades ainda não conseguiram dimensionar o tamanho do estrago no município
Rio - O Governador do Rio, Claudio Castro (PL), afirmou, durante entrevista coletiva em Petrópolis, Região Serrana do Rio, que pretende retirar todas as famílias que moram em áreas de risco na região. Na última terça-feira (15), um temporal atingiu o município e deixou dezenas de mortos.
"Teremos postura corajosa e desmedida para fazer o que precisa ser feito, doa a quem doer. O que a gente tem que entender é que há uma dívida histórica desde outras tragédias que tiveram. Foi sim um caráter excepcional duro. Foi a maior chuva desde 1932", disse Castro.
O Governo espera completar o cadastro das pessoas em situação vulnerável para que possam receber um cartão para a compra de imóveis e demais necessidades até a próxima semana. "Estamos fazendo um trabalho muito sério. Sabemos da dificuldade financeira do município, o governo vai entrar com o que for necessário aqui", disse.
Castro informou também que as buscas nas regiões vão continuar sem intervalo durante a noite. Até o final desta quarta-feira (16), a Defesa Civil confirmou 94 mortos. Acompanhe os números atualizados em tempo real desta tragédia.
Pior chuva desde 1932
Na coletiva, Claudio Castro disse que as chuvas fortes que atingiram a cidade foi a pior desde 1932 e que ainda não é possível ter uma dimensão dos estragos. Caíram, ao todo, 240 mm de água em um período de 2 horas. "Foi uma chuva altamente extraordinária, uma tragédia histórica". O prefeito do município, Rubens Bomtempo, também esteve na coletiva ao lado de Castro.
Ainda segundo o governador, as sirenes funcionaram muito bem na noite dos deslizamentos. "Muita gente conseguiu sair a tempo. Infelizmente ainda há pessoas que resistem a sair de suas residências, mas a Defesa Civil conseguiu salvar muitas vidas com a manutenção das sirenes". De acordo com a Defesa Civil, foram 89 áreas atingidas e 26 deslizamentos.
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