Timoneiros da Viola, que costuma atrair uma multidão para Madureira, se antecipou na decisão de não desfilar este anoREPRODUÇÃO FACEBOOK

Rio - O tradicional bloco Timoneiros da Viola, que desfila em Madureira e Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio, fez uma publicação para comunicar que não sairá às ruas este ano. De acordo com os organizadores, o momento ainda é de incertezas com relação ao controle de casos da covid-19. "Carnaval é, pela própria natureza, uma festa aglomerativa. A sua beleza reside nos abraços e beijos trocados no calor das emoções, no extravasamento incondicional de nossa alegria de viver", diz o post.
Nesta terça-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, participarão de uma reunião na sede da prefeitura para tratar do carnaval de rua de 2022. Representantes das ligas Sebastiana, Zé Pereira, Carnafolia, Liga do Centro e grandes blocos como Bola Preta e Bloco da Anitta estarão presentes.
Daniel Soranz falou em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, que ainda é cedo para bater o martelo, mas que hoje, a capital tem números positivos com relação à internação, casos graves e óbitos, mesmo com a variante circulando pela cidade. No entanto, é preciso avaliar a tendência no crescimento dessas taxas.
"Essa tendência de crescimento é algo que fala, obviamente, contra a realização de qualquer evento. A tendência de crescimento não é positiva e ela pode se manter ou crescer [...] então essa decisão depende ainda de alguns dias de análises dos dados para que a gente possa de fato planejar um evento com segurança", disse Soranz, em entrevista ao Bom Dia Rio.
Pedro Ernesto, presidente do Bola Preta disse que não tem expectativas sobre o carnaval de rua e que o bloco irá respeitar a ciência.  "Vamos pra reunião pra ouvir muito, falar pouco e ver qual vai ser a o encaminhamento. O que posso dizer é que, na altura dos seus 103 anos, o Bola Preta vai seguir a ciência e as orientações das determinações das autoridades públicas", completou.
A presidente da liga Sebastiana, Rita Fernandes, diz que as organizações dos blocos não têm expectativas de uma solução imediata. "Isso exige tempo, mas a gente precisa ouvir a ciência então, a nossa determinação, blocos de rua, ligas e associações, é que a gente vai ouvir a ciência é o que vai nortear a nossa decisão e isso tem que ser feito em uma relação direta", disse ao Bom Dia Rio.