Thalita Silva Teixeira foi presa em flagranteDivulgação

Rio- Em uma operação conjunta da Polícia Civil e da PM, nesta terça-feira, a jovem Thalita Silva Teixeira, de 19 anos, foi presa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Ela é namorada do homem acusado de matar um aposentado, que teve o corpo esquartejado e queimado, em dezembro, em Shangri-lá. Conhecida nas redes sociais como 'Gata do 157' (artigo do código penal que refere-se ao crime de roubo), Thalita foi presa em flagrante. 
De acordo com a polícia, a jovem na companhia do namorado, Luan Nascimento Duarte Silva, e de outros dois comparsas, participava de uma série de crimes na região dos bairros Itaipu e Shangri-lá. No último deles, ocorrido no fim da madrugada de segunda-feira, primeiro dia útil do ano, diversas vítimas de roubo reconheceram Thalita como uma das assaltantes na 54ª DP (Belford Roxo) e relataram que ela estava na garupa de uma moto, portando um fuzil.
Foi durante as investigações sobre o namorado e outros dois homens, que a polícia chegou até o nome de Thalita. Inicialmente, sua atuação era atrair possíveis vítimas de roubo, aproveitando-se de sua aparência física. Com o tempo, sua participação foi aumentando nos assaltos e ela foi reconhecida por cinco vítimas de roubos que aconteceram na madrugada de segunda-feira (3).
"Ela participava do grupo e neste roubo específico, cometidos no primeiro dia útil do ano, ela teve participação ativa, e portava um fuzil. Nas redes sociais ela era identificada com a 'gata do 157'. A Thalita se valia de sua beleza para atrair as vítimas. Ela foi presa em flagrante e cinco vítimas reconheceram ela como autora de roubos, inclusive portando um fuzil na garupa da moto do namorado. As investigações continuam para apurar a participação dela neste grupo criminoso", afirma o delegado Alexandre Netto, da 54ª DP.
Thalita chegou à delegacia com as duas pernas quebradas e foi carregada por policiais. Ela se machucou tentando fugir  - Reprodução
Thalita chegou à delegacia com as duas pernas quebradas e foi carregada por policiais. Ela se machucou tentando fugir Reprodução
Ao perceber que seria detida, Thalita tentou fugir, mas quebrou as pernas ao cair de um muro. Ela precisou ser carregada pelos policiais militares até a delegacia por estar com as duas pernas engessadas. Em depoimento, Thalita negou ter participado ativamente dos assaltos. Mas, confirmou que é namorada de Luan e que estava com vários celulares que são produto de roubo. 
Namorado preso
No grupo no qual Thalita atuava, estavam o namorado Luan Nascimento Duarte Silva, de 18 anos, Darlan Nascimento Duarte Silva, irmão de Luan, e Fabiano da Hora. Além de roubo, o trio também é acusado de estupros e estupro de vulnerável.
Segundo a Polícia Civil, em parte dos assaltos eles chegavam a cometer abuso sexual contra vítimas mulheres. Em uma das ações, os criminosos teriam entrado em uma casa para roubar e teriam estuprado uma mãe e a filha dela, de apenas 13 anos.
Luan, Darlan e Fabiano também estariam envolvidos em homicídios e tentativas de homicídios, em inquéritos que correm na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). 
Luan foi preso nesta terça-feira. Ele é acusado pela morte do aposentado Álvaro Luiz Luna, de 57 anos, que foi esquartejado e queimado em um matagal, na localidade de Itaipu. O criminoso, que estava foragido, foi preso por policiais militares durante uma abordagem ao seu veículo, no bairro Heliópolis, em Belford Roxo.
"Esse grupo já vem sendo monitorado por diversos crimes pela 54ª DP. Agora resta saber qual a participação da Thalita. O Luan foi preso ontem (terça-feira) e faz parte do grupo acusado de matar o aposentado Álvaro".
Amores bandidos
A 'gata do 157', segundo a Polícia Civil, até ser presa, não tinha nenhuma outra passagem pela polícia. Mas, ao que tudo indica, Thalita gostava de amores perigosos. Além de Luan, ela teria se envolvido com um miliciano e, dessa relação, teria um filho. Os dois se separaram e ela iniciou a relação com Luan.
"Ela já se envolveu com um importante miliciano da região. Ela tem um filho de 4 anos com este miliciano", afirmou o delegado Alexandre Netto.