Rita Fernandes, presidente da Liga SebastianaFabio Costa Agência O Dia

io - Com o cancelamento do carnaval de rua na cidade pelo segundo ano consecutivo, a presidente da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua do Rio de Janeiro (Sebastiana), Rita Fernandes, avalia que é necessário pensar em estratégias para ajudar os profissionais da cadeia produtiva do carnaval. De acordo com ela, o lançamento de editais, alternativa que foi adotada no último ano, seria uma boa opção para 2022.
“Tanto o governo do estado, quanto a prefeitura, através da Secretaria de Cultura, lançaram editais de fomento para ajudar os trabalhadores do carnaval. A gente fez festival, live, documentários e mais um monte de coisa. Agora, já que teve o cancelamento, é importante começar a pensar em como ajudar essa cadeia produtiva”, disse.
Em 2021, o prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini, lançaram o edital “Cultura do Carnaval Carioca”, que distribuiu R$ 3 milhões em prêmios para ajudar aqueles que promovem a folia nas ruas.
Apesar da tristeza com o cancelamento da folia, a presidente da Sebastiana concorda com o cancelamento. Para ela, o anúncio já era esperado diante do cenário epidemiológico da cidade. "Foi a melhor decisão", analisa.

Blocos cancelados, desfiles mantidos
A decisão de cancelar o carnaval de rua por causa da pandemia de covid-19 e o aumento de casos nas últimas semanas foi tomada pelo prefeito Eduardo Paes na última terça-feira, em uma reunião com representantes de nove blocos e três megablocos. Na próxima sexta-feira, o setor terá um novo encontro com Paes para debater alternativas.
Paes justificou a resolução de manter os desfiles do Grupo Especial na Sapucaí – ao mesmo tempo em que os blocos não foram autorizados a desfilar – dizendo que o controle sanitário seria mais efetivo no Sambódromo, já que os foliões devem apresentar o comprovante de vacinação antes de entrar e usar máscaras durante o espetáculo.
Depois do encontro, Paes chegou a sugerir que os blocos realizassem eventos no Parque Madureira e no Parque Olímpico, além de outro lugar ainda não definido na Zona Oeste, mas a notícia não foi bem recebida por todos os representantes da folia. Isso porque, segundo eles, os blocos mantêm uma relação muito íntima com os seus bairros. Novas reuniões irão definir o formato da festa.