Vacinação contra a covid-19 no Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na TijucaFABIO COSTA/AGENCIA O DIA

Rio - Se o avanço de casos de covid-19 na cidade do Rio teve alguma consequência positiva, foi o aumento de casos de vacinação. Dados da prefeitura apontam que desde a última segunda-feira (3), foram aplicadas mais doses do que a média da última semana de 2021 (entre 27 e 31 de dezembro). A dose mais procurada foi a de reforço, tratada pelos especialistas como a mais importante atualmente, para conter o avanço de novas variantes.
Entre os dias 27 e 31 de dezembro, depois do Natal e antes do Ano Novo, a média de doses aplicadas foi de 31 mil por dia. Após o Réveillon e a explosão do aumento de casos de covid-19, cariocas correram aos postos de saúde para fortalecer a imunização. Na segunda-feira (3), foram 42.936 doses aplicadas. Na terça (4), 54.109 doses. A vacina mais aplicada no momento é a de reforço: na segunda foram 36.588, na terça outras 46.671. Antes ao Ano Novo, esse número era metade.
Os casos de covid-19 explodiram na virada para 2022. No dia 16 de dezembro, a Prefeitura do Rio computou apenas 13 novos casos. Cerca de duas semanas depois, 2 de janeiro, o número subiu para 1.003 novos casos em um só dia. Esses índices podem ser ainda maiores, já que os sistemas de notificação do governo federal seguem oscilantes por conta de recentes ataques virtuais.
Apesar do aumento de casos, não houve aumento relevante no número de internações e de óbitos na rede pública. Até quarta-feira (5), dos 26 pacientes internados na rede SUS com covid, 92,3% não tinham o esquema vacinal completo; e desses, 46% não haviam sequer tomado a primeira dose. Nesta quinta, o número de internados é de 30 pessoas, mas ainda não há detalhes da proporção de não vacinados.
Vacinação continua; saiba se você pode tomar a dose de reforço
A vacinação continua nos 230 postos de saúde e clínicas da família. A dose de reforço é destinada para pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a segunda dose há quatro meses, ou mais. Pacientes com alto grau de imunossupressão com 12 anos ou mais também podem tomar a dose de reforço. E quem não completou o esquema vacinal - deixou de tomar a primeira, ou a segunda dose - pode ir aos postos.