O menino Henry Borel e a mãe, Monique Medeiros Reprodução redes sociais

Rio - A defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto no dia 8 de março de 2021, alegou, que no dia 13 deste mês, o advogado de uma interna, identificado apenas como Fábio, teria insistido para falar com sua cliente, no Instituto Penal Santo Expedito, onde está presa, mas ela não o atendeu. Ao ser questionado pelo representante de Monique, Fábio teria dito que ele era amigo de Flávia Pinheiro Fróes, advogada a quem Jairinho - que também está envolvido na morte da criança, é ligado.
Após o episódio, Thiago Minagé pediu, nesta sexta-feira (14), o desmembramento do processo e requisitou à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), cópia do livro de acesso de advogados à penitenciária onde Monique está, além de imagens de vídeo para constatar o que foi relatado.
Anteriormente, Monique havia dito a Minagé que foi coagida dentro da cadeia por Flávia Fróes. O caso teria acontecido no dia 7 de janeiro deste ano.
De acordo com a petição da defesa da mãe de Henry, a qual o DIA teve acesso, Thiago Minagé, um de seus advogados, cita que sua cliente está "apavorada". Em um trecho do documento, Monique diz que Flávia pediu para que ela assinasse um papel assumindo a culpa da morte do filho.
"Não adianta eu tentar negar, pois mais cedo ou mais tarde terei que assumir a culpa e livrar o Jairinho. Que eles dariam um jeito de me transferir ou me pegar aqui dentro", foram as palavras de Monique à sua defesa.
O padrasto, Dr. Jairinho, e a mãe do menino, Monique Medeiros, foram indiciados pela morte da criança, ocorrida no dia 8 de março de 2021. O casal, que está preso desde abril, responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. Para a polícia, a mãe de Henry Borel era conivente com as agressões do namorado contra o filho.