Monark Reprodução/Youtube
Juíza manda que Flow Podcast retire declarações nazistas de Monark de todas as redes
Prazo para a exclusão do conteúdo é de 48h, sob pena de multa diária de R$ 10 mil
Rio - A juíza Débora Sarmento, da 7ª Vara Cível do Rio de Janeiro, determinou, nesta quinta-feira (10), que o canal "Flow Podcast" retire de todas as suas redes sociais (YouTube, Instagram, Facebook, Spotify, Twitch Tv) o episódio com declarações nazistas de Bruno Aiub, conhecido como Monark, que aconteceu na última segunda-feira (7). O prazo para a exclusão do conteúdo é de 48h, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Na ocasião, o podcaster defendeu que a existência de um partido nazista no Brasil fosse reconhecido legalmente.
"Determino, ainda, que se abstenham de novamente incluir em quaisquer de seus perfis em redes sociais, sob qualquer meio direto ou indireto, e de publicarem, em redes que tenha alcance por áudio tal como Spotfy, o conteúdo descrito na petição inicial, sob pena de multa de R$ 10.000,00, por cada veiculação indevida", dizia um trecho da decisão.
Fala repudiada
Com a repercussão do caso, diversos patrocinadores rescindiram com o Flow Podcast. Políticos e personalidades também repudiaram a fala do youtuber. A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, disse que não existe arrego para quem defende a criação de um Partido Nazista. "O que Monark disse ontem é um crime contra a nossa democracia. Não existe liberdade de expressão para quem defende esse absurdo. É de extrema urgência que esse canalha tenha uma punição severa", afirmou.
O procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, Rodrigo Mondego, repudiu as falas de Monark e disse que o podcaster comete crime. "Ele não só falou merda de novo, como cometeu crime de novo. Ele deveria ser preso em flagrante por apologia ao nazismo como determina lei 7.716 de 1989, crime imprescritível e inafiançável".
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