Vereadora Walkíria Nictheroy (PCdoB) e Associação Assistencial dos Comerciantes Ambulantes do Município de Niterói (ACANIT) protocolaram uma representação contra agressões de guardas municipais a manifestantes Divulgação

Rio - A vereadora Walkíria Nictheroy (PCdoB) e a Associação Assistencial dos Comerciantes Ambulantes do Município de Niterói (ACANIT) solicitaram, nesta terça-feira, na Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), a identificação dos guardas municipais que agrediram um homem e disparam spray de pimenta no rosto de um bebê de um ano. O caso aconteceu durante um protesto pela morte do vendedor de balas, Hyago Macedo de Oliveira, na segunda-feira (14).
A representação, também destinada à Corregedoria Geral da Guarda Municipal de Niterói, pediu a instauração de sindicância administrativa e de procedimentos disciplinares para a apuração de infrações.
A vereadora Walkíria Nictheroy falou sobre a ida à Seop. "Viemos compreender as ações que a guarda municipal está realizando na apuração da ação truculenta de ontem. As denúncias são muito graves e nós seguiremos acompanhando o caso e lutando agora que as devidas providências sejam tomadas".
Veja o vídeo onde homem é agredido e chamado de "macaco"
A parlamentar contou que foi recebida pelo secretário de ordem pública, Paulo Henrique de Moraes, e que ele se colocou à inteira disposição das investigações e das solicitações sobre o caso. O gabinete também vai protocolar a representação na Procuradoria Geral do Município.
Um trecho do documento, a vereadora descreve o caso como "agressão desproporcional e injustificada do guarda, conforme mostram claramente as imagens de filmagem". O presidente da ACANIT, Fernando Cezar Matos de Carvalho, comentou o ocorrido na segunda-feira. "Os agentes envolvidos naquela situação erraram, jogaram spray de pimenta na cara de uma criança de colo, um bebê, começaram a agredir a família".
Em outro trecho, a representação protocolada diz que o homem contido pela guarda municipal "já encontrava-se imobilizado pela Polícia Militar no momento em que é agredido - de forma totalmente gratuita - pelo guarda municipal que precisa ser identificado". Ao analisar as imagens do vídeo, a vereadora percebeu que o próprio policial militar apartou o guarda contra o rapaz imobilizado.
Ainda de acordo com a representação, o guarda que agride o homem é o mesmo que joga spray contra a criança de colo.
Durante o sepultamento do vendedor de balas, o homem chamado de "macaco", deu a sua versão do ocorrido. "Eu fui agredido e não foi por cassetete, foi por um cabo de ferro que amassou na minha perna. Também tenho marcas no corpo de outros dias. Fui chamado de macaco, tá gravado, e estou sendo seguido", disse.