Mistura de dor e felicidade, disse Arthur Araujo sobre vacinaçãoMarcos Porto/Agencia O Dia
Hoje, pais e responsáveis estiveram no Centro Municipal de Saúde Maria Augusta Estrella, em Vila Isabel, na Zona Norte, para colocar a caderneta de vacinação dos pequenos em dia. A servidora pública Rebeca Araujo, de 38 anos, contou que as palavras do filho Arthur Araujo, de 7 anos, foram "mistura de dor com felicidade". Segundo ela, a família estava ansiosa pela imunização, mas o menino acabou contraindo a doença e não conseguiu se vacinar na data prevista no calendário.
"Infelizmente, ele pegou covid e não pudemos dar a vacina na data prevista no calendário. No sábado, dia que completava 31 dias de seus primeiros sintomas, ficamos muito decepcionados ao saber que a vacinação estava suspensa. Mas, graças a Deus, hoje conseguimos. É uma vitória muito grande e que enche nossos corações de esperança. Somente assim, com todos vacinados e se cuidando, conseguiremos voltar a viver e nos relacionarmos de forma saudável. Ele, que morre de medo da vacina, estava muito feliz e animado para esse momento", afirmou a servidora pública.
"Eu fiquei muito feliz por ter tomado a vacina da CoronaVac da covid. Doeu um pouquinho na hora, mas depois que eu botei gelo, melhorou", comemorou o pequeno. Assim como Arthur, Maria Fernanda Vinha, 10, também não recebeu a primeira dose na data prevista porque sofreu duas infecções intestinais em um mês. Para a mãe, a radialista, Luciana Vinha do Valle, 55, a sensação foi de alívio por finalmente poder ver a filha imunizada.
"Imagina minha apreensão! Em plena campanha de vacinação, saber que ela poderia ser contaminada pelo coronavírus, no auge da Ômicron, e não conseguir vaciná-la? A imunização de todos os grupos é muito importante e para as crianças, ela garante a proteção necessária para a retomada das aulas 100% presenciais. No caso da Maria Fernanda, estudante do 5º ano do Colégio Pedro II, é uma exigência. Nada justifica a não vacinação de crianças saudáveis. O perigo está no vírus, não no imunizante", alertou Luciana.
Além da vacinação, com a chegada das doses, também será retomada a busca ativa por crianças não imunizadas dentro do calendário por idade. A medida foi adotada por conta da baixa adesão à campanha e acontece dentro das unidades de ensino e por meio de visitas nos bairros. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), cerca de 60 mil crianças já foram vacinadas desde o início da ação.
A vacinação nas escolas é uma parceria das secretarias municipais de Saúde e Educação do Rio e a estimativa da SMS é concluir a campanha em um prazo de 45 dias em todas as unidades de ensino municipais. Segundo a atualização das 11h desta segunda-feira do Painel Rio COVID-19, da Prefeitura do Rio, 60% das crianças com idades entre 5 e 11 anos já foram imunizadas contra a doença. Outros 221.822 integrantes desse grupo ainda não receberam a primeira dose.
O município segue aplicando a primeira dose para maiores de 5 anos que ainda não tenham se vacinado e a segunda dose dentro da data prevista no comprovante de vacinação, além da dose de reforço para adultos que completaram o esquema vacinal há mais de 4 meses e a dose adicional para pessoas com 18 anos ou mais que tenham imunossupressão e que já tenham recebido as três doses. Até o momento, 87,8% da população total da cidade recebeu a primeira dose, 82,9% completou o esquema vacinal e 51% dos adultos receberam a terceira dose.
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