Cenário da tragédia que aconteceu em PetrópolisCarl de Souza / AFP
MPRJ prepara plano de ação para abrigos que estão em situação de risco em Petrópolis
Em alguns, foram notificados casos de Covid-19 e de piolho por conta da quantidade de pessoas
Rio - A Segunda Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva prepara um plano de ação para resolver problemas de oito abrigos que se encontram em situação de risco em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), os abrigos estão em situação de superlotação, com mais de 80 pessoas cada.
Em alguns abrigos, foram notificados casos de Covid-19 e de piolho por conta da quantidade de pessoas. A promotoria expediu um ofício à Defesa Civil para que realize, em até 24 horas, a vistoria de cinco pontos de apoio.
No momento, 1.100 pessoas estão vivendo nesses abrigos, sendo 346 crianças acompanhadas por responsáveis, 60 adolescentes, 107 idosos e 18 portadores de deficiência.
Nesta quinta-feira, a Prefeitura de Petrópolis confirmou que 182 das 209 vítimas das chuvas que atingiram a cidade da Região Serrana já foram sepultadas. Outros dez corpos já identificados seguem aguardando trâmites de liberação por parte do Instituto Médico Legal (IML) para serem enterrados. Até o momento, no décimo dia de buscas, 48 pessoas seguem desaparecidas e mais de 800 desabrigadas.
Nesta quinta-feira, só um sepultamento foi confirmado. O dia com maior número de registros (44) foi no último sábado. Das vítimas da maior tragédia em Petrópolis no último século, 124 são mulheres e 84 homens, e entre eles, 40 menores de idade. Ao todo, 191 corpos foram identificados no IML. O Instituto recebeu ainda partes de outros quatro corpos – nesse caso, não é possível identificar se são de homem ou de mulher. Por isso, será preciso fazer coleta de material genético de parentes.
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