Trem da SuperViaHenrique Freire/SuperVia

Rio - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Trens da Alerj, que tem como objetivo destrinchar os problemas cotidianos deste modal de transporte no Estado do Rio de Janeiro, terá as primeiras oitivas nesta segunda-feira, a partir das 10h, na Alerj. Os secretários estaduais de Transportes, André Luiz Nahass; de Fazenda, Nelson Rocha; e de Planejamento, José Luís Zamith, além do presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp), Murilo Leal, foram convocados para explicar o aumento previsto pela SuperVia da tarifa ferroviária de R$ 5 para R$ 7 no dia 21 de março.
A CPI dos Trens/SuperVia tem como o deputado-relator Waldeck Carneiro (PT), com presidência da deputada Lucinha (PSDB). O objetivo da CPI é investigar denúncias; apurar Interrupções nos serviços dos trens suburbanos, os atrasos entre os horários de chegadas e partidas, a superlotação das composições, a duração das viagens, a acessibilidade das estações, a construção de banheiros; analisar as condições de trabalho dos funcionários, dos trens e das estações; cobrar o retorno do ramal Santa Cruz–Central do Brasil; e trazer à tona os danos sofridos pelos usuários relacionados a má prestação do serviço da concessionária de transporte ferroviário no Estado do Rio de Janeiro (Supervia).

Segundo Waldeck, a tarifa é uma questão central do modal. "O indexador sobre as passagens é atrelado ao dólar. Não se pode sustentar os trens apenas com receitas tarifárias. É preciso encontrar outras alternativas, pois senão será sempre o usuário a responder pela necessidade de aumento dos valores", afirmou o deputado.