Rio - Em uma cerimônia virtual na manhã desta segunda-feira (14), os Estados Unidos conectaram doze mulheres excepcionais em diferentes países do mundo para agraciá-las com o Prêmio Internacional Mulheres de Coragem 2022. Uma delas é a carioca Simone Sibilio, promotora de justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro, que se torna a segunda brasileira entre as 170 mulheres já homenageadas, sucedendo a major da Polícia Militar Pricilla Azevedo, premiada há dez anos.
Na cerimônia transmitida de Washington, a primeira-dama, Jill Biden, e o secretário de Estado, Antony Blinken, reconheceram as contribuições inestimáveis dessas mulheres em seus respectivos países. No Brasil, o evento aconteceu no Consulado Geral dos EUA no Rio e contou com a presença, além da premiada, da cônsul geral, Jacqueline Ward, e do procurador-geral do MP, Luciano Mattos.
O prêmio, um símbolo do compromisso dos EUA com a valorização e melhoria da qualidade de vida de mulheres ao redor do mundo, é dedicado àquelas que demonstram coragem e liderança extraordinárias na defesa da paz, justiça e direitos humanos, enfrentando, muitas vezes, riscos à segurança pessoal. Simone Sibilio foi reconhecida por refletir o espírito, valores e critérios estabelecidos pelo governo dos Estados Unidos para a premiação.
"A dedicação dela como oficial na Polícia Militar, delegada na Polícia Civil, e, principalmente como promotora pública no Rio de Janeiro, fez com que ela fosse a nossa primeira escolha para o prêmio desse ano. Sua incansável luta no combate às organizações criminosas do estado merece todo o nosso reconhecimento", declarou a cônsul geral.
Há 18 anos no MPRJ, Simone é uma das mulheres mais graduadas na área de segurança pública no Rio e referência no combate ao crime organizado e à corrupção. Atuando ao longo de sua carreira em setores tradicionalmente dominados por homens, foi a primeira mulher a comandar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e liderou grandes investigações.
"O prêmio IWOC passa uma mensagem que toca profundamente minha alma e meu coração: de que vale a pena a defesa intransigente pelos direitos das vítimas da criminalidade, a luta pelas famílias enlutadas pela perda dos seus entes queridos, cada dia de trabalho, cada noite não dormida. Ele me encoraja a continuar lutando pela responsabilização dos criminosos e pelos direitos de viver de todas as vítimas com quem me relacionei nestes anos de trabalho – e para quem eu dedico orgulhosamente este prêmio", disse a promotora.
Ao lado da brasileira, também receberam o prêmio: Rizwana Hasan (Bangladesh), Ei Thinzar Maung (Mianmar), Josefina Klinger Zúñiga, Colômbia, Taif Sami Mohammed (Iraque), Facia Boyenoh Harris (Libéria), Najla Mangoush (Líbia), Doina Gherman (Moldávia), Bhumika Shrestha (Nepal), Carmen Gheorghe (Romênia), Roegchanda Pascoe (África do Sul) e Phm oan Trang (Vietnã).
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